O Brasil figura como a sexta nação mais endividada da América Latina e Caribe, segundo projeções atualizadas do Fundo Monetário Internacional (FMI). A instituição prevê que a dívida bruta do governo geral brasileiro atinja 92% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, superando o patamar de todas as grandes economias emergentes da região, incluindo Venezuela, Dominica, Barbados, São Vicente e Granadinas e Bolívia.
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Metodologias de Cálculo da Dívida
O cálculo da dívida segue o GFSM 2014 (Government Finance Statistics Manual), um padrão global de estatísticas fiscais. Essa padronização é crucial, pois cada país utiliza práticas distintas na apuração da dívida – algumas mais restritas, outras mais abrangentes.
Ao uniformizar definições, o FMI permite que os dados sejam comparáveis entre países, reduzindo distorções metodológicas e garantindo que rankings ou análises regionais reflitam diferenças reais de endividamento, e não apenas diferenças de cálculo.
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Diferenças entre as Análises do FMI e do Banco Central
O Banco Central (BC) e o FMI utilizam metodologias distintas para analisar os dados. O BC calcula a dívida bruta do governo geral, que inclui União, INSS, estados e municípios, seguindo a metodologia do Manual de Estatísticas Fiscais nacional. O FMI, por sua vez, utiliza o conceito de general government gross debt, que incorpora um conjunto mais amplo de passivos e ajusta as séries para permitir comparação internacional padronizada entre países.
Conclusão: Nível Elevado de Endividamento
Apesar das diferenças nas análises, ambos os órgãos concordam em um ponto fundamental: o Brasil mantém um nível elevado de endividamento e acima da média das economias latino-americanas. Essa situação exige atenção e medidas para garantir a sustentabilidade das contas públicas.
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