Filipe Martins Condenado a Prisão e Sua Ligação com o Governo Bolsonaro
Filipe Martins, condenado a 21 anos de prisão por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, teve seu envolvimento com o governo Bolsonaro amplamente documentado. As investigações, conduzidas pela Primeira Turma do STF, revelaram sua participação no chamado “núcleo 2”, grupo associado a figuras-chave da trama golpista.
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A acusação detalha como Martins e outros seis réus elaboraram um plano, conhecido como “minuta do golpe”, que visava a eliminação do chefe do Executivo (PT), do vice-presidente (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes. Além disso, a ação penal aponta para a articulação de uma ação no Nordeste com o objetivo de impedir o voto de eleitores da região nas eleições de 2022.
De acordo com a delação premiada do tenente-coronel, Martins foi responsável por apresentar a “minuta do golpe” ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O documento proposto incluía a convocação de novas eleições e a prisão de opositores do ex-chefe do Executivo, demonstrando a amplitude do plano arquitetado.
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Filipe Martins foi nomeado por Bolsonaro para o cargo de assessor-especial para assuntos internacionais da Presidência da República, integrando o grupo que contava com a influência de um filósofo. Um episódio polêmico durante o governo Bolsonaro envolveu Martins, que foi indiciado por um gesto considerado racista em sessão do Senado.
Apesar da denúncia do Ministério Público Federal, o juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, o absolveu.
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Filipe Martins possui formação em relações internacionais pela UnB (Universidade de Brasília). Antes de ocupar cargos no governo Bolsonaro, atuou como diretor de assuntos internacionais do antigo PSL (Partido Social Liberal), sigla pela qual o ex-presidente se elegeu antes de sua fusão com Democratas para formar o União Brasil.