A defesa de Filipe Martins, ex-assessor internacional do então Presidente da República, pretende apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) documentos que, segundo o advogado Jeffrey Chiquini, comprovam a inocência do acusado no processo relacionado à trama golpista.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A equipe jurídica de Martins afirma ter identificado elementos inéditos após a análise completa dos 78 terabytes de dados da investigação.
Utilização de Recursos Tecnológicos
Para realizar a análise dos dados, o escritório de Chiquini alugou um computador de alta performance diretamente do Google. Essa ação foi essencial para processar a grande quantidade de informações disponíveis.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Requisitos da Defesa e Controvérsias
A defesa de Filipe Martins criticou o STF por ter determinado que a apresentação inicial dos slides da defesa fosse previamente aprovada. Jeffrey Chiquini ressaltou que a defesa não recebeu orientação sobre a necessidade de substituição dos materiais, gerando incerteza e dificultando a preparação para a sustentação oral.
“Nunca se viu a defesa ter que pedir permissão para provar a inocência do réu”, declarou Chiquini, enfatizando a falta de clareza e a sensação de estar no escuro diante do julgamento.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
LEIA TAMBÉM!
Foco na Narrativa de Mauro Cid
Jeffrey Chiquini argumenta que a investigação e a possível condenação de Filipe Martins se baseiam, de forma crítica, nas versões do tenente-coronel Mauro Cid, considerado o verdadeiro autor das propostas golpistas. Segundo Chiquini, a Polícia Federal (PF) adotou as narrativas de Cid sem exigir comprovação material.
“Se alguém quis golpe de Estado, esse alguém se chama Mauro Cid”, afirmou Chiquini, destacando a identificação de documentos criados por Cid e atribuídos a inocentes, encontrados entre os 78 terabytes baixados.
Críticas à Ausência de Originais
Outro ponto levantado pela defesa é a ausência de documentos originais no processo. Jeffrey Chiquini criticou a situação, afirmando que os documentos utilizados para acusar Filipe Martins –como listas de participantes e minutas– são transcrições feitas pela própria PF, sem que as versões originais tenham sido disponibilizadas às defesas.
“É o 1º processo da história do Brasil sem perícia”, disse Chiquini, ressaltando que a PF apresentou documentos sem que a defesa pudesse verificar a autenticidade das informações.
