FIFPRO Revela: Remuneração de Jogadoras em Seleções Nacionais é Precária

FIFPRO revela: poucas jogadoras de futebol recebem salários adequados. Pesquisa aponta que a maioria das atletas em seleções nacionais ganha menos de US$20 mil.

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Uma pesquisa reveladora, conduzida pela FIFPRO, aponta que cerca de duas a cada três jogadoras de futebol que atuam em seleções nacionais recebem anualmente menos de US$ 20.000 (aproximadamente R$ 110 mil). Um número significativo, quase um terço, reporta rendimentos entre US$ 0 e US$ 4.999 (cerca de R$ 27.644). Esses dados emergem de uma pesquisa abrangente que examinou as condições de trabalho e a remuneração de atletas femininas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Metodologia e Escopo da Pesquisa

A pesquisa, realizada entre agosto e outubro de 2025, envolveu a entrevista de 407 atletas de seleções nacionais de 41 países. O estudo cobriu participantes dos principais campeonatos continentais do ano, incluindo a Copa América Feminina, a Copa Africana de Nações Feminina e a Copa das Nações da OFC. A pesquisa se baseou em uma análise comparativa com uma investigação similar realizada em 2022, permitindo avaliar a evolução do cenário no futebol feminino.

Fontes de Renda e Contratos

Os clubes constituem a principal fonte de renda para as atletas, complementada pelos pagamentos das seleções nacionais. No entanto, a pesquisa identificou que 25% das jogadoras mantêm empregos adicionais fora do futebol para garantir sua subsistência. Entre as atletas com contratos de clubes, 33% possuem vínculos de apenas um ano ou menos, e 22% não têm contrato formal. A estabilidade financeira é considerada crucial para a longevidade na carreira esportiva.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Desafios no Descanso e Viagens

Além da remuneração, a pesquisa também destacou desafios relacionados ao descanso e às condições de viagem. Um número expressivo de atletas (58%) considera o tempo de recuperação antes das partidas insuficiente, e 57% relatam que o período após os jogos também não é adequado. Em relação às viagens, 75% das jogadoras utilizaram classe econômica durante os torneios, com apenas 11% tendo acesso a classes premium ou executivas.

A grande maioria (77%) utilizou transporte aéreo para pelo menos uma partida ou competição.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

LEIA TAMBÉM!

Conclusão

Os resultados da pesquisa da FIFPRO ressaltam a necessidade de avanços contínuos para garantir a sustentabilidade e o desenvolvimento do futebol feminino. A estabilidade financeira e condições de trabalho adequadas são essenciais para atrair e reter talentos, impulsionando o crescimento do esporte.

Sair da versão mobile