Federal Reserve sinaliza enfraquecimento no mercado de trabalho americano e alta de custos
Fed divulga relatório com sinais de enfraquecimento no mercado de trabalho dos EUA. Indicadores apontam para desaceleração e pressão salarial.
O Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, divulgou nesta quarta-feira, 26, um relatório que indica uma atividade econômica americana praticamente estável. No entanto, o documento apresenta sinais mais claros de enfraquecimento no mercado de trabalho em comparação com as informações de outubro.
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Indicadores de Desaceleração no Mercado de Trabalho
O relatório, que reúne percepções qualitativas de 12 distritos do banco central, aponta para uma redução leve na demanda por mão de obra. Regiões como Boston, Nova York, Filadélfia e Dallas registraram menor procura por trabalhadores. Além disso, houve um aumento nos anúncios de demissões.
Estratégias das Empresas
As empresas têm adotado diferentes estratégias para lidar com a desaceleração. Muitas optaram por congelar contratações, substituir apenas posições essenciais ou reduzir o quadro de funcionários de forma gradual. Algumas empresas também ajustaram a carga horária dos funcionários, em vez de diminuir o número total de empregados.
Impacto da Inteligência Artificial e Imigração
Relatos indicam que a inteligência artificial tem substituído cargos de nível básico, enquanto trabalhadores existentes se tornam produtivos o suficiente para evitar novas contratações. A menor oferta de mão de obra imigrante também é apontada como um fator de dificuldade para os empregadores.
Pressão Salarial e Custos Adicionais
Embora a busca por trabalhadores tenha diminuído, os empregadores ainda enfrentam dificuldades para preencher vagas qualificadas. Houve um avanço nos salários, mas em ritmo modesto. Setores como manufatura, construção e saúde apresentaram maior pressão salarial devido à oferta limitada de mão de obra.
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O aumento dos prêmios de seguro saúde exerce pressão adicional sobre os custos de mão de obra.
Inflação e Custos de Operação
O relatório aponta para uma alta moderada nos preços, com pressão de custos disseminada no varejo e na indústria, influenciada por tarifas de importação impostas durante o governo Trump. Além disso, houve aumento nos gastos com seguros, tecnologia, serviços públicos e saúde.
Algumas empresas repassaram esses custos aos consumidores, enquanto outras enfrentaram compressão de margens de lucro.
Expectativas para a Política Monetária
A expectativa predominante é de que as pressões de custo persistam. A divulgação ocorre em um momento crucial, duas semanas antes da próxima reunião do FOMC (Federal Open Market Committee), marcada para 9 e 10 de dezembro. Após a recente paralisação federal, os investidores buscam informações para prever a decisão de política monetária.
A probabilidade de um corte de 0,25 ponto percentual em dezembro subiu para 85%, segundo a ferramenta FedWatch do CME Group.
Autor(a):
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