Inflação nos EUA Aumenta e Fed Decide Manter Juros Altos

A inflação nos Estados Unidos apresentou um aumento significativo ao longo deste ano, ampliando a distância da meta anual de 2% estabelecida pelo Federal Reserve, o banco central do país. Os dados mais recentes do Índice de Preços de Despesas de Consumo Pessoal (PCE), indicador preferido do Fed, revelaram uma inflação anual de 2,8%.

Essa leitura acima da meta tem gerado preocupação entre os membros da autoridade monetária.

Jerome Powell, chair do Fed e cuja permanência no cargo se encerra em maio, atribuiu a maior parte do aumento inflacionário às tarifas comerciais impostas pelo governo de Donald Trump ao longo do ano. Powell destacou que, sem considerar essas tarifas, a inflação se manteria em uma faixa próxima aos 2%.

Em resposta à persistência da inflação, o Federal Reserve anunciou uma redução de 0,25 ponto na taxa de juros, situando-a no intervalo de 3,5% a 3,75%. Essa decisão já era amplamente esperada pelo mercado financeiro, que previa um corte de 0,25 ponto com uma probabilidade de 90%, conforme dados do CME Group.

A reunião do Federal Reserve foi marcada por divergências entre os membros da autoridade monetária. Na reunião anterior, em que a taxa-alvo foi elevada para 3,75% a 4,00%, a decisão não contou com o apoio unânime. Stephen I. Miran preferiu um corte de juros de 0,50 ponto, enquanto Jeffrey R.

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Schmid manteve a taxa acima de 4%. Desta vez, a dissidência se intensificou, com Austan D. Goolsbee juntando-se a Schmid e votando pela manutenção da taxa no intervalo atual.

A decisão do Fed indica uma pressão crescente para manter a taxa de juros em um nível elevado, apesar das expectativas de cortes futuros. A divergência entre os membros da autoridade monetária sugere a necessidade de um debate mais aprofundado sobre a política monetária dos Estados Unidos.