Federal Reserve enfrenta desafios com desigualdade econômica nos EUA. Decisões do banco central impactaram famílias de baixa renda, enquanto riqueza se concentra em poucos. Christopher Waller e Jerome Powell reconhecem a complexidade
As decisões do Federal Reserve (Fed) nos últimos anos contribuíram para o aumento da desigualdade econômica nos Estados Unidos. Alguns formuladores de políticas do banco central reconhecem que essa é uma questão complexa, sem soluções fáceis.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Durante a pandemia, taxas de juros ultrabaixas impulsionaram o mercado, beneficiando principalmente aqueles com maior patrimônio. Apesar dos custos de empréstimo elevados agora, muitos proprietários de imóveis ainda possuem taxas de juros abaixo de 3%, acumulando riqueza.
Enquanto isso, as famílias de baixa renda, que geralmente não investem em ações e tendem a ser inquilinas, perderam parte do “efeito riqueza” nos últimos anos. O crescimento salarial dessas famílias ficou atrás do das famílias mais ricas, conforme apontam dados do Federal Reserve de Atlanta.
Essa situação gerou preocupações sobre a acessibilidade financeira, especialmente para aqueles com menor renda.
Autoridades do Fed, incluindo o governador Christopher Waller, admitiram que a situação é complexa. Eles observaram que a metade mais pobre da população está preocupada com a disparidade de riqueza. Outros membros do Fed, como Jerome Powell, reconheceram a necessidade de reerguer o mercado de trabalho e promover um crescimento econômico que beneficie a todos, com o objetivo de que salários e segurança no emprego acompanhem o crescimento.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Embora a política monetária tenha influenciado a desigualdade, essa não foi a intenção original. Em 2020, o Fed reduziu as taxas de juros para estimular a economia, que estava sendo afetada pela pandemia. No entanto, o aumento do desemprego e a manutenção de taxas baixas por um longo período contribuíram para o problema.
A situação se agravou com a inflação, que levou o Fed a aumentar as taxas de juros em 2022.
O Fed enfrenta desafios significativos, pois suas ferramentas, como as taxas de juros básicas, são consideradas pouco precisas. Além disso, o banco central não controla as taxas de juros de longo prazo. A prioridade do Fed é controlar a inflação, mas o impacto dessa medida nas famílias de baixa renda é uma preocupação.
Estratégias como evitar a perda de empregos e esperar que outras forças impulsionem o emprego e o crescimento salarial são vistas como importantes.
Autor(a):
Responsável pela produção, revisão e publicação de matérias jornalísticas no portal, com foco em qualidade editorial, veracidade das informações e atualizações em tempo real.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Fique por dentro das últimas notícias em tempo real!