Mercado em Reta Final da Semana: Juros e Tecnologia no Centro das Atenções

Os mercados financeiros estão acompanhando de perto os anúncios relacionados a juros e o setor de tecnologia na reta final desta semana. A decisão do Federal Reserve (Fed) de reduzir as taxas de juros nos Estados Unidos pela terceira vez consecutiva gerou dúvidas sobre as próximas medidas da autoridade monetária, especialmente considerando a data de saída de Jerome Powell como chairman.

Paralelamente, o investimento massivo de empresas em inteligência artificial (IA) tem levantado preocupações sobre a viabilidade desses gastos. O temor de uma bolha especulativa em torno da IA ganhou força após os resultados recentes da Oracle, que apresentaram receitas menores e um aumento na perspectiva de endividamento, decorrentes de investimentos bilionários.

No mercado brasileiro, a postura do Comitê Político de Monetária (Copom) gerou ceticismo em relação a um possível corte na taxa Selic em janeiro, como previam alguns bancos e instituições financeiras.

Juros elevados por um período prolongado impactam negativamente ativos de risco, como se observou no Ibovespa, que fechou com uma alta limitada, situando-se em torno de 159 mil pontos.

A disputa eleitoral e as tensões no Congresso Nacional também permanecem no radar dos investidores.

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A agenda econômica apresenta poucos indicadores com potencial de influenciar os mercados.

No Brasil, a divulgação do resultado do Índice de Atividade do Setor de Tecnologia da Informação (TSI) é um ponto de destaque. Analistas da Reuters projetam uma alta de 0,2% na comparação mensal e um avanço de 2,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Este indicador é crucial para medir o ritmo da atividade no setor, que representa mais de 70% do Produto Interno Bruto (PIB), atuando como um termômetro para o desempenho econômico do último trimestre.

Adicionalmente, está prevista a divulgação do Prisma Fiscal, relatório que consolida as expectativas para as contas públicas, podendo influenciar a percepção sobre a trajetória da dívida e o espaço para políticas econômicas.

Internacionalmente, em um dia sem indicadores econômicos relevantes, os investidores acompanham discursos de representantes do Federal Reserve. Às 12h00 (horário de Brasília), Ana Paulson, presidente do Fed da Filadélfia, fará um pronunciamento. Às 12h30, Beth Hammack, presidente do Fed de Cleveland, apresentará suas considerações.

O discurso final será realizado às 14h35 por Austan Goolsbee, presidente do Fed de Chicago, que se manifestou contra a decisão de redução das taxas.