Setor Trump enfrenta tarifaço, mas diversifica destinos e mantém desempenho esperado no período, apurou o Poder360.
O Brasil alcançou um marco significativo em setembro de 2025, registrando o maior volume de exportação de carne bovina in natura de sua história. De acordo com dados divulgados pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior) na segunda-feira (6.out.2025), foram enviadas 314,7 mil toneladas, representando um aumento de 25,1% em relação ao mesmo mês de 2024 e superando a marca anterior de julho de 2025, que totalizou 276,9 mil toneladas.
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O resultado expressivo ocorreu mesmo diante da aplicação de tarifas de 76,4% impostas pelos Estados Unidos sobre a carne brasileira em agosto, devido à sobretaxa de 50% acrescida dos 26,4% já existentes. A Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes) atribuiu o crescimento à diversificação de destinos, com um aumento nas exportações para o México e expansão das vendas para a China, principal consumidor de carne brasileira.
Após a implementação das tarifas norte-americanas, o volume exportado caiu para 268,6 mil toneladas, mas a recuperação em setembro demonstra a resiliência do mercado. A Abiec destaca que os embarques incluem cortes de maior valor agregado.
As exportações brasileiras de carne de frango totalizaram 482,3 mil toneladas em setembro, incluindo produtos in natura e processados, segundo a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal). Esse volume representa o melhor resultado mensal nos últimos 11 meses, com uma leve queda de 0,6% em relação ao recorde de setembro de 2024, que foi de 485 mil toneladas.
A África do Sul se tornou o principal destino mensal da carne de frango brasileira, recebendo 38.700 toneladas, um aumento de 35,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Outros mercados importantes incluem Emirados Árabes Unidos (37.200 toneladas), México (37.100 toneladas) e Japão (36.400 toneladas), evidenciando uma crescente diversificação dos embarques.
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As exportações brasileiras de carne suína também apresentaram um desempenho positivo em setembro, com recordes de 151,6 mil toneladas, um aumento de 25,9% na comparação anual. A receita atingiu US$ 368,4 milhões, com destaque para os destinos Filipinas, Japão, Vietnã e México.
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