Exército de Israel destitui generais e impõe sanções após ataque de 7 de outubro

Exército de Israel destitui generais e impõe sanções após ataque do Hamas em 7 de outubro. Investigação aponta falhas sistêmicas e falta de inteligência.

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(Imagem de reprodução da internet).

O Exército de Israel anunciou a destituição de três generais e a imposição de sanções disciplinares contra outros oficiais de alta patente. A decisão foi motivada pelo fracasso na prevenção dos ataques realizados pelo grupo islamista palestino Hamas em 7 de outubro de 2023, um dos eventos mais violentos da história do país.

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A medida foi tomada duas semanas após o comandante do Exército, Eyal Zamir, solicitar uma “investigação sistêmica” sobre as falhas que permitiram o ataque.

Generais Destituídos

Os generais que sofreram a destituição são Aharon Haliva, chefe de inteligência militar, Oded Basyuk, comandante de operações, e Yaron Finkelman, que assumira o comando da região militar sul de Israel no dia dos ataques. Haliva e Finkelman já haviam renunciado, assumindo a responsabilidade pela tragédia de 7 de outubro, enquanto Basyuk se aposentou após a guerra de 12 dias iniciada por Israel contra o Irã em junho deste ano.

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Responsabilização e Apoio à Comissão

O comunicado do Exército afirma que os três são pessoalmente responsáveis pelo fracasso da instituição militar em prever e impedir o ataque. A decisão ocorre em um contexto de crescente pressão por responsabilização. Segundo pesquisas, a maioria dos israelenses, de diferentes setores políticos, apoia a criação de uma comissão para determinar responsabilidades.

A questão da responsabilização do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também está sendo debatida.

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Consequências da Guerra em Gaza

O ataque do Hamas desencadeou uma guerra devastadora em Gaza, que deixou pelo menos 69.756 mortos, segundo o Ministério da Saúde do território palestino, que a ONU considera confiáveis. A situação humanitária em Gaza continua crítica. Israel e Hamas trocam acusações sobre violações da trégua que entrou em vigor em 10 de outubro, após dois anos de guerra.

Investigações e Relatórios

Um comitê de especialistas, designado por Eyal Zamir, publicou um relatório que marcou o fim das investigações internas do Exército sobre as deficiências que levaram ao ataque de 7 de outubro. O documento destaca uma “deficiência sistêmica e organizacional de longa data” dentro do aparato militar.

A investigação também enfatizou uma “falha de inteligência” e a “incapacidade para emitir um alerta” sobre os ataques, mesmo quando o Exército tinha “informações excepcionais e de alta qualidade”.

Situação Humanitária e Negociações

A situação humanitária em Gaza continua crítica. As negociações entre Israel e Hamas sobre a segunda fase do cessar-fogo estão em andamento, com uma delegação de “alto nível” reunida no Cairo.

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