Ex-vereador do PL-RJ desafia lideranças locais em disputa ao Senado de Santa Catarina. Candidatura de Jair Bolsonaro atrai críticas e reações da família.
A candidatura do ex-vereador do Partido Liberal (PL) para o Senado de Santa Catarina gerou reações significativas dentro do cenário político estadual. A articulação, apoiada pelo ex-presidente do PL, se distancia das lideranças locais do PL e do Progressistas, que já haviam delineado seus próprios planos para a eleição de 2026.
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Santa Catarina, governado por forças conservadoras alinhadas com o ex-presidente Bolsonaro, é um importante polo da direita no país, com uma representação considerável no Congresso Nacional.
A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) manifestou preocupação com a estratégia, argumentando que o estado não necessitava de “importar candidatos”. A FIESC defende que a voz de Santa Catarina em Brasília deve ser construída com base no mérito, no diálogo com a sociedade e na conexão com os interesses dos catarinenses, e não por imposições externas.
Em discurso na Câmara Municipal, o ex-vereador declarou que se mudaria para Santa Catarina para disputar o Senado, alegando atender a um “chamado” e negando que a mudança fosse motivada por questões políticas. A declaração ocorreu em 11 de dezembro de 2025.
A deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC) expressou seu descontentamento com o desgaste público do PL no estado diante da candidatura. Em entrevista à Gazeta do Povo, Campagnolo criticou a troca de acusações em redes sociais, argumentando que era necessário “amadurecer” dentro da direita.
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A deputada também mencionou a possibilidade de migrar para o Novo para viabilizar sua candidatura.
As críticas de Campagnolo geraram reação da família Bolsonaro. Carlos Bolsonaro classificou as declarações da deputada como “mentirosas” e uma “baixaria”, afirmando que nada do que ela dizia era verdadeiro. O deputado federal (PL-SP) defendeu o irmão e criticou Campagnolo, considerando “absurdo” que uma deputada cuja carreira foi viabilizada pela liderança nacional se levantasse contra o grupo.
Campagnolo respondeu afirmando que a postura de Carlos decepcionou parte do eleitorado. “Esse não era o cartão de visitas que a maioria dos catarinenses esperava de alguém que vem de fora almejando nos representar”, disse. A deputada afirmou ainda que tem recebido apoio de Jair Bolsonaro e que continuará na disputa “mesmo que tenha que mudar de partido”.
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