Ex-presidente Yoon Suk Yeol é indiciado na Coreia do Sul por acusações de abuso de poder e conspiração. Investigação aponta para tentativas de conflito com a Coreia do Norte
A promotoria especial da Coreia do Sul formalizou a acusação contra o ex-presidente Yoon Suk Yeol nesta segunda-feira (10), adicionando acusações de abuso de poder e auxílio a um Estado inimigo, relacionadas à sua tentativa de declaração de lei marcial no ano anterior.
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A investigação se concentra em supostas ações para provocar um conflito militar entre as Coreias do Sul e do Norte, conforme divulgado por um porta-voz da promotoria. As evidências incluem comunicações encontradas em um dispositivo móvel de um oficial militar, que sugerem possíveis provocações contra a Coreia do Norte, incluindo o uso de “drones” e a menção a um “ataque cirúrgico”.
A promotoria alega que Yoon, juntamente com o ex-ministro da Defesa Kim Yong-hyun e o ex-chefe da inteligência militar Yeo In-hyung, planejaram induzir um ataque da Coreia do Norte contra o Sul, visando criar tensões internas e justificar a declaração de lei marcial.
Segundo a porta-voz Park Ji-young, o trio conspirava para justificar a ação do então presidente, que buscava alertar sobre irregularidades de partidos de oposição e proteger a democracia de elementos considerados “antiestado”.
Kim Yong-hyun e Yeo In-hyung também foram indiciados pelas mesmas acusações. A promotoria acusou Yoon e seus comandantes militares de terem ordenado uma operação secreta com drones contra a Coreia do Norte, com o objetivo de inflamar as tensões entre os vizinhos.
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Em outubro do ano passado, a Coreia do Norte afirmou que o Sul havia enviado drones para espalhar panfletos anti-norte-coreanos sobre Pyongyang, e publicou fotos dos destroços de um drone militar sul-coreano que caiu.
Apesar do intenso escrutínio, os militares sul-coreanos se recusaram a comentar a suspeita de condução de uma operação com drones na época. Um funcionário do ministério da Defesa declarou que não tinha comentários sobre o assunto nesta segunda-feira (10).
O ex-ministro da Defesa Kim Yong-hyun também está sendo julgado por acusações relacionadas à declaração de lei marcial. A porta-voz da promotoria afirmou que Yeo In-hyung estava apresentando desculpas sem sentido sobre as anotações descobertas em seu celular.
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