Ex-coordenador do INSS, Jucimar Fonseca da Silva, é preso após depoimento à CPMIJucimar Fonseca da Silva, ex-coordenador-geral de pagamentos e benefícios do INSS, foi presa pela Polícia Legislativa do Senado após depoimento à CPMIJ
Jucimar Fonseca da Silva, ex-coordenador-geral de pagamentos e benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), foi preso no final de seu depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, na madrugada desta terça-feira, 2 de dezembro de 2025.
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Após cerca de nove horas de depoimento, o presidente do colegiado, senador Carlos Viana (Podemos-MG), determinou à Polícia Legislativa do Senado que efetuasse a prisão, devido às contradições apontadas pelos congressistas e à recusa anterior do depoente em prestar explicações ao colegiado.
Jucimar havia sido convocado para explicar a liberação de descontos em massa na folha de pagamento de aposentados e pensionistas, mesmo diante de parecer contrário do Ministério Público. O ex-coordenador foi conduzido à CPMI pela Polícia Legislativa do Senado, após se negar a comparecer em duas convocações anteriores.
Durante a oitiva, Jucimar criticou a forma como foi levado à comissão em condução coercitiva.
Senador Viana declarou: “O depoente que, hoje, diz que não viu irregularidade é o mesmo que faltou duas vezes, apresentou 2 atestados e tentou escapar de uma perícia médica do Senado. Quem nada deve, não foge. Quem confia na própria inocência, não evita depoimento.
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Quem está com a consciência tranquila, não teme a verdade”.
Em entrevista após a prisão, Viana disse que Jucimar foi reiteradamente avisado sobre a obrigatoriedade de seu comparecimento à CPMI e também estava ciente de que não poderia ausentar-se por motivos médicos sem passar por perícia.
Adicionalmente, o depoente havia afirmado que somente a partir de 2023 passou a emitir pareceres técnicos sobre Acordos de Cooperação Técnica (ACTs), quando o colegiado mostrou que, desde 2021, ele já desempenhava a atividade.
“Não é possível que uma pessoa com a experiência de vida e profissional dele dentro do INSS não soubesse o que estava acontecendo. (…) O tempo da paciência com quem vem mentindo à CPMI acabou”, declarou o senador.
Antes de anunciar a prisão, Carlos Viana que pedirá a prorrogação dos trabalhos da CPMI até maio de 2026, argumentando que as investigações ainda têm desdobramentos relevantes a serem apurados.
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