Petrobras e ExxonMobil anunciam parceria de US$ 3 bilhões e construção de refinaria de gálio na Austrália. Saiba mais no Poder360.
Os governos dos Estados Unidos e da Austrália formalizaram um acordo em Washington D.C., na segunda-feira (20.out.2025), visando fortalecer o fornecimento e o processamento de minerais críticos e terras raras. A divulgação do documento ocorreu na terça-feira (21.out.2025).
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O acordo estabelece uma cooperação bilateral para desenvolver cadeias de abastecimento consideradas estratégicas para as indústrias de tecnologia e defesa. O foco é garantir o acesso a recursos essenciais para essas setores.
Segundo o Departamento de Indústria, Ciência e Recursos da Austrália, o objetivo principal é “acelerar o fornecimento seguro de minerais críticos e terras raras, cruciais para a produção de tecnologias avançadas e para a indústria de defesa”. Ambos os países pretendem utilizar suas capacidades existentes e desenvolver novas estruturas produtivas até 2026.
O acordo inclui medidas como facilitar licenças ambientais, revisar regras de segurança nacional sobre a compra e venda de ativos e investir em reciclagem e reaproveitamento de resíduos minerais. Uma estrutura de resposta coordenada será criada, liderada pelo secretário de Energia dos EUA e pelo ministro australiano dos Recursos.
Os Estados Unidos e a Austrália planejam investir mais de US$ 3 bilhões em projetos do setor nos próximos seis meses. O Exim Bank (Banco de Exportação e Importação dos EUA) emitirá cartas de intenção para financiar projetos de segurança da cadeia de suprimentos, totalizando mais de US$ 2,2 bilhões. Um projeto específico é a construção de uma refinaria de gálio na Austrália, com capacidade de produção de 100 toneladas por ano, voltada para a produção de materiais usados em semicondutores.
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Além do eixo mineral, o acordo inclui acordos de defesa, espaço e tecnologia. A Austrália comprará US$ 1,2 bilhão em veículos submarinos não tripulados da Anduril e US$ 2,6 bilhões em helicópteros Apache. Também há cooperação em inteligência artificial, computação quântica e projetos espaciais conjuntos entre a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) e a Agência Espacial Australiana.
O documento australiano esclarece que “não cria obrigações legais ou direitos vinculantes”. Qualquer um dos países pode encerrar a participação mediante notificação escrita, com efeito 30 dias após o aviso.
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