O governo dos Estados Unidos, liderado pelo então presidente Donald Trump, anunciou em 2023 uma série de medidas com o objetivo de promover o desenvolvimento de energia e infraestrutura na área selvagem do Alasca. Essa iniciativa incluía a permissão para a perfuração de petróleo e gás no Refúgio Nacional de Vida Selvagem do Ártico, uma região de grande importância ecológica.
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As mudanças políticas implementadas afetaram amplamente o refúgio, que abriga espécies como ursos polares, caribus porco-espinho e aves migratórias. A medida gerou tensões entre legisladores do Alasca, que buscavam oportunidades de emprego e receita, e grupos de conservacionismo que defendiam a preservação do ecossistema local.
O Departamento do Interior anunciou a reabertura da Planície Costeira, uma área de 1,56 milhão de acres (0,6 milhão de hectares) do Refúgio Nacional de Vida Selvagem do Ártico para arrendamento. Essa decisão representou uma revogação das restrições impostas pelo governo anterior.
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A área de 19 milhões de acres da ANWR possui uma estimativa de até 11,8 bilhões de barris de petróleo recuperável em sua costa ao longo do Mar de Beaufort.
O governo Trump restaurou os arrendamentos de petróleo e gás cancelados pela Autoridade de Desenvolvimento Industrial e Exportação do Alasca, uma agência estadual que participou do primeiro leilão de direitos de perfuração na ANWR.
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Em 2023, sete arrendamentos foram revogados pelo governo Biden, mas um juiz federal decidiu que o governo não tinha autoridade para fazê-lo.
O governador do Alasca, Mike Dunleavy, elogiou a reabertura, afirmando que os anúncios representavam um marco histórico para o estado. A medida está alinhada com a promessa de Trump de impulsionar o desenvolvimento energético doméstico, embora o interesse das empresas de petróleo e gás na ANWR tenha sido limitado até o momento.
Um grupo ambientalista do Alasca criticou a decisão, argumentando que a abertura da planície costeira para perfuração ameaçaria uma das paisagens ecologicamente mais significativas do planeta.
