Documento do governo Trump aponta para déficits comerciais contínuos, embora a balança comercial seja positiva para os Estados Unidos.
Os Estados Unidos aceitaram, em documento publicado nesta segunda-feira (18), o pedido do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC) para discussão sobre o tarifário do presidente Donald Trump. O governo americano argumenta que algumas das demandas brasileiras versam sobre questões de segurança nacional e, por conseguinte, não devem ser abordadas nesse organismo.
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O presidente decidiu que essas ações eram necessárias para lidar com a emergência nacional decorrente das condições refletidas nos grandes e persistentes déficits anuais de comércio de bens dos EUA com parceiros comerciais, que ameaçam a segurança nacional e a economia dos Estados Unidos.
A balança comercial entre EUA e Brasil, contudo, é favorável aos estadunidenses.
O governo brasileiro apresentou, em 6 de agosto, um pedido de consulta à OMC contra as tarifas impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros. A decisão foi tomada no mesmo dia em que a tarifa anunciada por Trump entrou em vigor, elevando para 50% as taxas sobre uma série de importações do Brasil.
Em nota, o Itamaraty declarou que o pedido representa o primeiro passo antes de iniciar um processo na OMC – ferramenta de avaliação da organização. A consulta levanta questionamentos sobre as medidas e afirma que os EUA “violam flagrantemente compromissos centrais assumidos por aquele país na OMC, como o princípio da nação mais favorecida e os tetos tarifários negociados no âmbito daquela organização”, conforme o documento.
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As tarifas sobre os produtos brasileiros importados para os EUA entraram em vigor no dia 6. Entre os itens sujeitos à taxa adicional de 50% estão pedras naturais, café, carnes, frutas, roupas e calçados. O governo brasileiro informou que 36% das exportações brasileiras para os EUA serão taxadas.
A decisão da Casa Branca, contudo, excluiu 694 itens, incluindo suco de laranja, aviões e celulose, que constituem uma parcela significativa das exportações brasileiras.
Fonte por: Brasil de Fato
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