Pesquisadores identificam padrões de sono ligados a humor, saúde e atividade cerebral.
A qualidade do sono é fundamental para a saúde física e mental, mas nem todos conseguem alcançar um descanso reparador. Cerca de um terço dos adultos americanos não obtém a quantidade recomendada de sono ininterrupto, buscando soluções como suplementos ou aplicativos. Um novo estudo, publicado em outubro na revista PLOS Biology, revela que o sono não é uma experiência homogênea, mas sim um espectro de perfis distintos, cada um com implicações específicas para a saúde e o bem-estar.
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A pesquisa, conduzida por Leana Wen, médica de emergência e professora associada adjunta da Universidade George Washington, identificou cinco perfis de sono distintos, baseados em uma análise abrangente de mais de 700 adultos saudáveis. Esses perfis, denominados LC1 a LC5, oferecem uma nova perspectiva sobre a complexidade do sono e como ele se relaciona com a saúde mental, o desempenho cognitivo e o estilo de vida.
LC1: Sono Ruim e Sofrimento Psicológico: Este grupo apresenta dificuldades para adormecer, desperta frequentemente e se sente cansado durante o dia. Além disso, demonstra maior propensão à ansiedade e depressão.
LC2: Resiliência do Sono: Apesar de apresentar sintomas psicológicos, como estresse ou humor baixo, este grupo relata um sono relativamente normal. Eles demonstram uma “resiliência do sono”, indicando que conseguem lidar com desafios emocionais sem que isso afete significativamente seu descanso.
LC3: Uso de Medicamentos para Dormir: Este perfil se caracteriza pelo uso frequente de medicamentos para dormir, combinados com boa saúde física e relacionamentos sociais sólidos. No entanto, testes revelam pequenos declínios na memória e na consciência emocional.
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LC4: Sono Curto: Este grupo apresenta uma curta duração do sono, geralmente menos de seis ou sete horas por noite. Mesmo que não sintam as consequências imediatas, apresentam pior desempenho em tarefas que exigem atenção e memória.
LC5: Sono Perturbado: Este grupo se destaca por acordar frequentemente durante a noite ou apresentar dificuldades para respirar confortavelmente durante o sono. São mais propensos à ansiedade, problemas com uso de substâncias e menor desempenho cognitivo.
As descobertas do estudo ressaltam que a saúde do sono pode ser melhor compreendida através desses padrões mais amplos e complexos, em vez de qualquer medida única. A melhoria do sono provavelmente exigirá abordagens personalizadas, levando em conta não apenas a quantidade de tempo que você passa na cama, mas também como seu estado emocional, rotinas diárias e saúde física se interligam.
Para melhorar o sono, é importante estabelecer uma rotina regular, reservando pelo menos oito horas na cama, evitar o uso de telas antes de dormir e criar um ambiente de sono fresco, silencioso e escuro. A prática regular de atividade física, mindfulness e yoga também pode auxiliar. Em caso de dificuldades persistentes, é fundamental consultar um profissional de saúde para descartar possíveis causas médicas subjacentes.
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