Novo Estudo Revela Possibilidade de Reversão do Alzheimer em Animais
Um estudo recente, publicado na revista Cell Reports Medicine, apresenta resultados promissores sobre a reversão do Alzheimer em modelos animais. A pesquisa, conduzida por Kalyani Chaubey da Universidade Case Western Reserve, demonstra que camundongos com a doença em estágio avançado recuperaram a função cognitiva após o tratamento com um composto chamado P7C3-A20, desenvolvido no laboratório de Andrew Pieper.
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O estudo focou na deficiência de NAD+, uma molécula crucial para a saúde e função celular. A diminuição dos níveis de NAD+ está associada ao desenvolvimento da doença, afetando processos celulares básicos e contribuindo para o avanço do Alzheimer.
Recuperação Total Após Quadro Avançado
Os pesquisadores investigaram duas abordagens: a prevenção da doença através da manutenção dos níveis de NAD+ e a reversão dos danos cognitivos após o surgimento dos sintomas. Em ambos os casos, os resultados foram positivos, mas o efeito mais notável foi observado em animais com Alzheimer já diagnosticado.
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Em modelos com mutações genéticas relacionadas à doença, os danos cerebrais incluíam inflamação crônica, comprometimento da barreira hematoencefálica, falhas na comunicação neural e perda de memória. Após o tratamento com o composto P7C3-A20, houve recuperação completa da cognição e normalização dos níveis do biomarcador tau-217, utilizado em humanos.
Desafiando Paradigmas da Doença
Por mais de um século, o Alzheimer foi considerado uma condição progressiva e irreversível. Até o momento, nenhum ensaio clínico buscou restaurar capacidades cognitivas perdidas. O novo estudo, realizado em instituições como University Hospitals e o VA Medical Center de Cleveland, desafia essa visão.
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“Esses resultados fortalecem a ideia de que o cérebro danificado pode, em certas condições, se recuperar”, afirmou o Dr. Pieper, líder do Brain Health Medicines Center.
Próximos Passos e Aplicação Clínica
A pesquisa está sendo licenciada pela startup Glengary Brain Health, sediada em Cleveland, que planeja iniciar ensaios clínicos em humanos. Os próximos passos incluem a identificação de proteínas envolvidas na reversão da doença e o teste do método em outras formas de demência relacionadas à idade.
“Nosso objetivo é transferir essa abordagem terapêutica para a prática clínica e investigar se os efeitos observados nos modelos animais podem se repetir em pacientes”, disse Pieper.
