Estados Unidos intensificam operações no Pacífico e Caribe, com ataques a embarcações ligadas ao Tren de Aragua e OTD. Ataques resultaram em dezenas de mortos e destruição de embarcações
Desde setembro de 2025, os Estados Unidos têm realizado operações regulares no oceano Pacífico e no Mar do Caribe. Essas ações, lideradas pelo presidente Donald Trump (Partido Republicano) e pelo secretário de Defesa, Pete Hegseth, são apresentadas como medidas de combate ao narcotráfico.
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O governo americano alega que as embarcações transportam drogas da Venezuela e da Colômbia em direção aos Estados Unidos.
Cronologia das Operações
As ações americanas foram iniciadas com um ataque no oceano Pacífico, que resultou em três mortos. Até então, foram realizadas 15 ofensivas, com 16 embarcações destruídas e um total de 64 mortos. As operações se concentraram em combater o tráfico de drogas.
Um dos primeiros ataques, em 1º de setembro, resultou na morte de integrantes do Tren de Aragua, uma gangue venezuelana considerada organização terrorista pelos EUA e supostamente ligada ao então presidente Nicolás Maduro. Maduro classificou o incidente como um “crime hediondo” e um “ataque militar contra civis”, argumentando que os passageiros deveriam ter sido capturados, não mortos.
Em 15 de setembro, um segundo ataque teve como alvo uma embarcação que havia partido da Venezuela em águas internacionais. As vítimas foram identificadas como “cartéis de narcotráfico e narcoterroristas extraordinariamente violentos”. O então presidente Petro afirmou que um dos mortos era um pescador colombiano chamado Alejandro Carranza.
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Em um terceiro ataque, Trump forneceu detalhes limitados sobre os mortos, afirmando que estavam envolvidos no tráfico de drogas, sem fornecer mais informações. Dias depois, a República Dominicana relatou a recuperação de cocaína de uma embarcação destruída em um ataque aéreo dos EUA, conforme informações divulgadas.
Na quarta ofensiva, Hegseth e Trump identificaram as vítimas como “afiliadas a cartéis e gangues designadas como organizações terroristas estrangeiras”. Petro declarou que o barco transportava cidadãos colombianos.
Em um quinto ataque, Trump mencionou que os homens transportavam narcóticos sem fornecer detalhes adicionais. Já o sexto ataque se concentrou contra um submarino suspeito de contrabando de drogas. Os dois sobreviventes – um da Colômbia e outro do Equador – foram resgatados pela Marinha dos EUA e posteriormente repatriados.
Trump comentou sobre o incidente no Truth Social em 18 de outubro, mas o Times divulgou que o ataque ocorreu em 16 de outubro.
No sétimo ataque, Hegseth identificou a embarcação como afiliada ao ELN (Exército de Libertação Nacional), um grupo rebelde colombiano designado como “organização terrorista” pelos EUA desde 1997.
Hegseth, no oitavo ataque, afirmou que o barco era “conhecido pela nossa inteligência” por envolvimento em contrabando de drogas.
O secretário de Defesa, por sua vez, escreveu: “Esses ataques continuarão, dia após dia”.
Na décima ofensiva, Hegseth identificou a embarcação como operada pelo Tren de Aragua.
“Se você é um narcoterrorista que contrabandeia drogas em nosso hemisfério, nós o trataremos como tratamos a Al-Qaeda”, escreveu Hegseth.
Na 11ª ofensiva, três ataques foram realizados no mesmo dia contra quatro embarcações consideradas suspeitas, elevando o número total de operações a 13. Foi o dia mais letal da campanha militar.
Hegseth afirmou que as embarcações navegavam por “rotas conhecidas de narcotráfico”. As autoridades mexicanas coordenaram o resgate de um sobrevivente.
No 12º dia de ofensiva, o ataque mais recente foi direcionado a uma embarcação que o governo Trump considerava também operada pela OTD.
O 13º ataque mirou uma embarcação que navegava por “rotas conhecidas de narcotráfico”.
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