Governo dos EUA classifica Cartel de los Soles como terrorista estrangeira. Designação inclui CdS, Hezbollah e Al-Qaeda. Ação coincide com ataques e vigilância intensificada
O governo dos Estados Unidos formalizou a classificação do Cartel de los Soles (CdS) como Organização Terrorista Estrangeira. Essa designação, publicada no Federal Register, o diário oficial americano, inclui o CdS ao lado de grupos como Hezbollah e Al-Qaeda.
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Essa medida representa uma acusação direta do grupo, historicamente ligado a militares venezuelanos e figuras próximas ao presidente Nicolás Maduro, de envolvimento em atividades além do narcotráfico.
A designação do CdS como organização terrorista estrangeira coincide com uma série de ações por parte dos Estados Unidos. Nas últimas semanas, oito navios de guerra foram deslocados para o Caribe, houve um aumento na vigilância eletrônica e intensificação de operações de interceptação marítima.
Em setembro e outubro, o Pentágono autorizou ataques “cinéticos” que resultaram na destruição de embarcações associadas ao cartel, com a morte de onze pessoas. Essa ação representa um aumento significativo na postura dos EUA contra redes ligadas ao regime venezuelano desde 2019.
A operação tem como objetivo principal cortar as rotas de tráfico de cocaína, estrangular o financiamento do cartel e desmantelar sua estrutura de apoio regional. Uma força-tarefa de inteligência, envolvendo a DEA, Homeland Security, NSA e comandos especializados da Marinha, está sendo utilizada para alcançar esses objetivos.
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A estratégia visa impedir o fluxo de recursos e a capacidade operacional do grupo.
Governos da região foram informados sobre o início de uma fase mais intensa da operação, desencadeada pela publicação oficial da designação. Qualquer pessoa, empresa ou governo que preste apoio ao CdS poderá ser processado nos EUA, e seus bens, contas e propriedades podem ser congelados.
Instituições financeiras que façam negócios com entidades associadas ao regime venezuelano correm risco de sanções secundárias. A Venezuela enfrenta um isolamento econômico mais severo, pressionando empresas que ainda operam no país.
A decisão dos Estados Unidos tem implicações geopolíticas imediatas. Abre caminho para ações de segurança, incluindo operações militares, no entorno da Venezuela. Analistas preveem um aumento na vigilância marítima, bloqueios e possíveis operações cirúrgicas contra alvos estratégicos.
O governo Maduro acusou Washington de manipular fatos para justificar intervenção. A nova fase representa uma escalada operacional e diplomática, com expectativas de novas ações no Mar do Caribe, aumento de tensões na fronteira e possíveis reações da Venezuela por meio de acordos com Rússia, Irã e China.
Bancos internacionais e empresas estrangeiras estão avaliando os riscos e revisando seus compromissos na Venezuela. O futuro das relações entre EUA e Venezuela, bem como a estabilidade da região, dependem dos próximos desenvolvimentos.
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