EUA apreendem petroleiro “Skipper” na Venezuela, intensificando tensões internacionais. A ação, justificada por Donald Trump, expõe rede ilícita de transporte de petróleo
Forças dos Estados Unidos apreenderam um navio-petroleiro chamado “Skipper” na costa da Venezuela na quarta-feira (10). O incidente intensifica as tensões entre os países e coloca outros navios da mesma categoria em risco na região. A ação foi justificada pelo então presidente Donald Trump, embora sem fornecer detalhes específicos.
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O governo de Nicolás Maduro acusou os Estados Unidos de pirataria internacional, denunciando o ato como um “roubo descarado e um ato de pirataria internacional”.
A apreensão do petroleiro “Skipper” ocorreu após ele ter sido identificado como um doselheiros de uma rede ilícita de transporte de petróleo, que beneficiava organizações terroristas estrangeiras, incluindo a Venezuela e o Irã. A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, destacou o envolvimento do navio em uma “rede ilícita de transporte de petróleo que apoia organizações terroristas estrangeiras”.
A operação transcorreu sem incidentes ou baixas, tanto entre os agentes dos EUA quanto entre a tripulação do petroleiro. As forças americanas, pertencentes a uma unidade de elite da Guarda Costeira, utilizaram um helicóptero para invadir o navio, descendo de rapel para o convés.
O petroleiro “Skipper” havia sido detectado em 18 de novembro, por meio de imagens de satélite da Planet Labs, atracado a cerca de 11 quilômetros da cidade costeira de Barcelona, na Venezuela. No entanto, o transponder do Sistema de Identificação Automática do navio indicava uma localização distante, a cerca de 900 quilômetros, na costa de Georgetown, na Guiana.
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Analistas apontam que petroleiros frequentemente “mascaram” sua localização para ocultar atividades questionáveis ou ilegais.
O navio-tanque utilizou a bandeira da Guiana, apesar de não estar registrado no país, conforme informado pelo Departamento de Administração Marítima da Guiana em um comunicado no Facebook. Antes de chegar à Venezuela, o “Skipper” atracou no Egito, nos Emirados Árabes Unidos e em Hong Kong, de acordo com dados de navegação.
Em julho, o petroleiro permaneceu por vários dias a menos de 24 quilômetros da costa do Irã.
A apreensão do petroleiro “Skipper” representa um desenvolvimento significativo na tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela.
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