Homens de 46 e 54 anos, residentes em São Paulo, são vítimas de ocorrência; governo estadual apura 162 casos, com 14 confirmados e 148 em análise.
O governo de São Paulo confirmou, no sábado (4), a segunda morte por intoxicação causada por metanol. As duas vítimas, homens de 46 e 54 anos, moradores da capital paulista, elevam o número total de mortes confirmadas para dois. Atualmente, 14 casos foram confirmados e 148 estão sob investigação. Esses casos incluem sete mortes que aguardam confirmação laboratorial, distribuídas entre São Paulo (45, 50 e 70 anos), São Bernardo do Campo (49 e 58 anos) e Cajuru (26 anos).
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Ao todo, o estado contabiliza 162 notificações – 14 confirmadas, 148 em análise e 15 descartadas. A situação continua sendo monitorada de perto pelas autoridades de saúde.
Diante do aumento das notificações, o Ministério da Saúde anunciou a compra de 12 mil novas ampolas de etanol farmacêutico e 2,5 mil doses de fomepizol, medicamentos utilizados no tratamento da intoxicação por metanol. A previsão é que os antídotos estejam disponíveis até o final da próxima semana. Os insumos serão distribuídos a centros de toxicologia e hospitais universitários em todo o país.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou que os insumos serão distribuídos a centros de toxicologia e hospitais universitários em todo o país. “Essa ampliação assegura que nenhum paciente fique sem acesso ao tratamento adequado”, afirmou o ministro durante coletiva em Teresina (PI).
A aquisição do fomepizol foi realizada em parceria com o Fundo Estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), junto a um fabricante do Japão que mantém estoques nos Estados Unidos. O medicamento será enviado ao Brasil na próxima semana e distribuído conforme a demanda dos estados.
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Para acelerar as confirmações, o Ministério da Saúde mobilizou a Rede Nacional de Laboratórios de Vigilância Sanitária, com três unidades já operando na análise das amostras: o Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF), o Laboratório Municipal de São Paulo e o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz).
A Anvisa também identificou 604 farmácias de manipulação aptas a produzir etanol farmacêutico em caráter emergencial, garantindo cobertura em todas as capitais do país.
A onda de intoxicações tem sido associada ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol – substância altamente tóxica que pode causar cegueira e morte mesmo em pequenas quantidades. Autoridades reforçam o alerta para que a população evite o consumo de produtos de origem desconhecida ou sem registro sanitário.
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