Analistas independentes alertam sobre “escalada de agressões” após mobilização militar dos EUA no Caribe.
Especialistas em direitos humanos da Organização das Nações Unidas emitiram um alerta nesta terça-feira (21), expressando preocupação com as ações encobertas e as ameaças de uso da força armada por parte dos Estados Unidos contra Caracas. A declaração foi feita por três especialistas independentes, que atuam sob o Conselho de Direitos Humanos da ONU, mas não representam a organização. A situação ocorre em meio à crescente denúncia venezuelana sobre uma “escalada de agressões” motivada pela mobilização militar americana no Caribe.
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Os especialistas alertaram para as graves implicações da situação para a paz e a segurança na região do Caribe. Eles enfatizaram que as ações americanas violam as obrigações internacionais de não interferir nos assuntos internos de outros países e de não ameaçar o uso da força armada contra qualquer nação. A situação representa uma escalada perigosa, segundo os especialistas.
O governo venezuelano ressaltou a importância do comunicado e reiterou seu pedido por diálogo com os Estados Unidos. O chanceler Yván Gil, através do Telegram, afirmou que os especialistas corroboram as denúncias venezuelanas, apontando que os Estados Unidos criam “inimigos” para justificar uma suposta defesa, resultando em “massacres” no mar do Caribe.
Os Estados Unidos reportaram sete ataques no Caribe contra embarcações suspeitas de envolvimento no tráfico de drogas, que resultaram em pelo menos 32 mortos. Os especialistas da ONU consideraram que, mesmo que as acusações fossem comprovadas, o uso da força letal em águas internacionais sem base jurídica adequada violaria o direito internacional do mar e configuraria execuções extrajudiciais.
Os especialistas também destacaram que grupos como o Tren de Aragua, mencionado por Trump como “organização terrorista”, não estão atacando os Estados Unidos, o que impede que Washington invoque o direito à legítima defesa. Além disso, eles ressaltaram que a longa história de intervenções externas na América Latina não deve se repetir.
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