Forças dos EUA se deslocam para o Caribe e geram debates sobre motivações. Especialista aponta “diplomacia coercitiva” e pressão sobre Maduro.
A recente decisão das forças militares dos Estados Unidos de se deslocarem para o Caribe tem gerado debates sobre suas motivações. Segundo Salvador Raza, especialista em segurança internacional, essa ação se configura como uma estratégia de “diplomacia coercitiva”.
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A movimentação de navios de combate e recursos da Guarda Costeira norte-americana para a região não se limita ao combate ao tráfico de drogas, mas também visa demonstrar poder em um contexto de crescente tensão geopolítica.
Em sua análise, divulgada no programa ‘WW Especial’ da CNN, Raza enfatizou que a presença americana na Venezuela possui um forte componente simbólico. “A demonstração de poder, sem necessariamente envolver uma confrontação direta, é um esforço claro para influenciar o regime de Nicolás Maduro”, explicou o especialista.
Raza também destacou a importância das operações da Marinha dos EUA e da Guarda Costeira no combate ao narcotráfico, ressaltando que, embora os navios de combate não sejam projetados para combater diretamente traficantes, eles desempenham um papel crucial em ações de destruição em larga escala.
Já a Guarda Costeira, com sua especialização, é mais eficaz em interceptações e contenção de atividades ilícitas.
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Outro ponto abordado por Salvador Raza foi a questão dos custos operacionais das operações militares dos EUA. A presença de forças em diversas regiões do mundo, como o Mar da China, contribui para a redistribuição de recursos. “Essa estratégia não é apenas sobre o que está sendo enviado para o Caribe, mas também sobre o que está sendo retirado de outras áreas”, afirmou o especialista.
Para Raza, essa reconfiguração de recursos reflete uma preocupação com o impacto de uma possível intervenção na Venezuela sobre o cenário da América Latina. “A postura dos EUA, embora combativa, não visa necessariamente um confronto militar direto, mas uma contenção através de pressões e demonstrações de força”, concluiu o especialista.
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