Especialista afirma: Ajuda dos EUA é insuficiente para Argentina

País sul-americano enfrenta desafios com valorizado real e precisa de reformas para equilibrar economia, apesar de US$ 20 bilhões em apoio.

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(Imagem de reprodução da internet).

Aporte de US$ 20 Bilhões e Desafios da Economia Argentina

O aporte financeiro de US$ 20 bilhões dos Estados Unidos, embora represente um montante significativo, não é suficiente para solucionar os problemas estruturais da economia argentina, conforme avalia Mauro Rochlin, professor de economia da FGV. O país enfrenta um momento crítico, com o governo Milei buscando implementar mudanças econômicas diante de desafios para estabilizar o câmbio e controlar a inflação, que atingiu 250% em 2023.

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O cenário econômico exige atenção especial ao sistema cambial e à necessidade de reformas estruturais. Um dos principais obstáculos é o valor atual do peso argentino, que se encontra artificialmente valorizado.

Câmbio Valorizado e Impacto na Balança Comercial

Essa situação, embora ajude a conter a inflação ao tornar as importações mais acessíveis, gera um desequilíbrio na balança comercial do país, segundo Rochlin. O câmbio elevado desestimula as exportações e incentiva as importações, resultando em uma saída constante de dólares das reservas nacionais.

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“O dólar na Argentina hoje está muito barato. Esse é um dos pilares do plano, porque um dólar barato torna o produto importado muito mais barato. Funciona como uma âncora cambial. Fica desvantajoso para o exportador de commodities vender o seu produto para fora.”

Reformas Estruturais e Medidas Necessárias

Entre as medidas, estão a redução dos gastos estatais e a melhoria da eficiência do governo. A reforma previdenciária, em particular, deve abordar questões como a idade mínima para aposentadoria e ajustes nas contribuições do sistema.

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O país mantém um sistema de câmbio semifixo, com bandas de flutuação que limitam a variação do dólar. O Banco Central argentino se compromete a intervir quando a cotação se aproxima de 1.950 pesos, estabelecendo limites entre 936 e 1.494 pesos por dólar.

Desvalorização Gradual do Peso

Segundo Rochlin, uma desvalorização controlada do peso será necessária, mas deve ser realizada de forma gradual para evitar impactos inflacionários mais severos. O país precisará implementar uma série de medidas coordenadas para recuperar sua estabilidade econômica e controlar a inflação de forma sustentável.

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