Espanha solicita a proibição de atletas israelenses em competições internacionais enquanto persistir o genocídio

O primeiro-ministro afirmou que israelenses deveriam ter uma restrição similar àquela imposta aos atletas russos.

15/09/2025 12:57

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Espanha solicita a proibição de atletas israelenses em competições internacionais enquanto persistir o genocídio
(Imagem de reprodução da internet).

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, defendeu na segunda-feira (15) a proibição de atletas israelenses em competições esportivas internacionais. Em declarações um dia após manifestantes pró-palestinos em Madri terem forçado o abandono da etapa final do prestigiado ciclismo Vuelta a Espanha, Sánchez afirmou que as equipes israelenses deveriam enfrentar uma proibição semelhante à enfrentada pelos atletas russos após a invasão da Ucrânia por Moscou.

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“Nossa posição é clara e categórica: enquanto a barbárie persistir, nem a Rússia, nem Israel devem participar de qualquer competição internacional”, declarou Sánchez, reiterando sua “profunda admiração” pelos manifestantes em Madri que se opuseram à presença da equipe de ciclismo Israel-Premier Tech na corrida.

Na véspera, a última etapa da Volta, um dos eventos esportivos mais relevantes do país, teve que ser interrompida antes do término, mesmo com o aumento das medidas de segurança na capital. Milhares de indivíduos, estimando-se em cem mil segundo a representação do governo em Madri, invadiram o trajeto com bandeiras e faixas para protestar contra o genocídio em Gaza, o que forçou a conclusão da etapa antecipadamente e impediu a cerimônia de premiação de troféus.

Alberto Núñez Feijóo, líder do Partido Popular, criticou no domingo, em sua conta no X, que o governo permitiu e incentivou a não conclusão da Volta, gerando um ridículo internacional transmitido em todo o mundo.

A 77ª edição do Emmy Awards foi realizada em Los Angeles, onde atrizes de televisão se reuniram para a premiação. O conflito em Gaza era notícia. Em um momento de tensões nos Estados Unidos, e poucos dias após o assassinato do ativista de direita Charlie Kirk, a política se manifestou no evento. Hannah Einbinder, premiada com a melhor atriz coadjuvante em série de comédia por “Hacks”, utilizou seu discurso para fazer uma breve declaração ao time de futebol americano Philadelphia Eagles, criticando o Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos EUA (ICE) e defendendo a liberdade da Palestina. “Vamos, Birds, f* o ICE e Palestina livre”, declarou.

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O ator espanhol Javier Bardem vestiu um keffiyeh em demonstração de apoio aos palestinos. Na estreia do filme, declarou à AFP que essa atitude representava uma forma de boicotar empresas de cinema e instituições cinematográficas que, na sua visão, apoiam Israel durante a guerra em Gaza. “Estamos nos dirigindo às empresas de cinema e às instituições cinematográficas que são cúmplices e relacionadas com a lavagem de imagem ou a justificativa do genocídio em Gaza e de Israel, e seu regime de apartheid”, afirmou.

Fonte por: Brasil de Fato

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