Espanha responde às acusações de Netanyahu sobre Sánchez incitar o genocídio contra Israel
A ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, manifesta surpresa com o fato de o primeiro-ministro israelense “se permitir dar lições a outros países”.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou o mandatário espanhol, Pedro Sánchez, de incitar o genocídio contra Israel, o que provocou nesta sexta-feira (12) uma reação indignada de Madri. “Fico surpresa que alguém como Netanyahu, que está cometendo as atrocidades que está cometendo em Gaza, violando todas as normas do direito humanitário, do direito internacional, que até mesmo enfrenta oposição dentro de seu próprio país, se dê ao luxo de dar lições a outros países”, reagiu a ministra espanhola da Defesa, Margarita Robles, à emissora Antena 3.
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O governo de Netanyahu divulgou na quinta-feira (11) uma mensagem nas redes sociais em que acusou Sánchez de representar uma “ameaça genocida” contra Israel. O chefe do governo espanhol anunciou na segunda-feira (8) medidas para “impedir o genocídio em Gaza”, com o objetivo de “aumentar a pressão” sobre o governo de Netanyahu. “A Espanha, como sabem, não possui armas nucleares. Também não tem porta-aviões nem grandes reservas de petróleo. Sozinhos, não podemos deter a ofensiva israelense, mas isso não significa que vamos deixar de tentar”, declarou então o líder socialista.
O primeiro-ministro espanhol Sánchez afirmou ontem que a Espanha não pode impedir a luta de Israel contra os terroristas do Hamas, devido ao fato de “a Espanha não possui armas nucleares”. O governo de Netanyahu reagiu nesta quinta-feira, classificando a situação como “uma ameaça genocida flagrante contra o único Estado judeu do mundo”.
O Ministério das Relações Exteriores da Espanha, no mesmo dia, divulgou uma declaração que ressaltou que “o povo espanhol é amigo do povo de Israel e do povo da Palestina”, e que classificou as afirmações de Netanyahu como “falsas e caluniosas”.
As recentes ações israelenses se dão após uma semana de intensas tensões entre Israel e Espanha. Sánchez anunciou medidas para Gaza e convocou sua embaixadora em Tel Aviv. Israel, por sua vez, não possuía embaixadora em Madri desde o reconhecimento do Estado da Palestina pelo governo espanhol em maio de 2024.
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Sánchez se destaca como uma das vozes europeias mais críticas em relação à campanha militar israelense em Gaza, iniciada em 7 de outubro de 2023, em resposta ao ataque sem precedentes perpetrado naquele dia em seu território pelo grupo terrorista Hamas.
Com informações da AFP
Nícolas Robert publicou.
Fonte por: Jovem Pan