Mortes Atribuídas ao Calor Registram Aumento Drástico na Espanha
O Ministério da Saúde da Espanha anunciou nesta quinta-feira (2) um aumento alarmante no número de mortes relacionadas ao calor, com um total de mais de 3.830 mortes registradas em 2024. Esse número representa um aumento de 87,6% em comparação com o ano anterior, evidenciando o impacto crescente das ondas de calor na saúde da população espanhola.
Sistema MoMo: Estimativas Baseadas em Análise Estatística
As estimativas foram obtidas através do sistema “MoMo” (Monitorização da Mortalidade), que analisa as variações da mortalidade diária em relação ao que seria esperado com base em séries históricas. O sistema utiliza dados do Instituto Nacional de Estatística, registros civis e informações da Agência Estatal de Meteorologia (Aemet) para realizar suas análises.
Dados e Contexto Climático
Em 2024, o sistema MoMo estimou 2.042 mortes vinculadas ao excesso de calor, elevando o total para 3.832 no verão. Este verão foi o mais quente da história da Espanha, com uma temperatura média de 24,2°C, segundo a Aemet. O país enfrentou uma onda de calor recorde de 16 dias em agosto, que contribuiu para a ocorrência de incêndios florestais que ceifaram quatro vidas e destruíram centenas de milhares de hectares.
Alerta Científico sobre Mudanças Climáticas
Cientistas têm alertado há anos sobre o impacto das mudanças climáticas nas ondas de calor, secas e outros fenômenos meteorológicos extremos, que se tornaram cada vez mais intensos e frequentes. Nove dos dez verões mais quentes da Espanha ocorreram no século XXI, conforme dados da Aemet. A situação exige atenção e medidas de prevenção, considerando o aumento da vulnerabilidade da população diante das mudanças climáticas.