Milhares de bombeiros, com o apoio de militares e aeronaves de países vizinhos, atuam nesta segunda-feira (18) para combater mais de 20 incêndios no oeste da Espanha e em Portugal, que já causaram a morte de seis pessoas, enquanto a onda de calor que intensificou as chamas está em declínio.
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Atualmente, contabilizamos 23 incêndios em operação com nível dois, o que representa uma ameaça grave e direta à população, declarou Virginia Barcones, diretora-geral da Proteção Civil e Emergências da Espanha.
Os incêndios na Espanha, em sua segunda semana, estão concentrados nas regiões da Galícia, Castela e Leão e Extremadura, onde milhares de pessoas deixaram suas casas e dezenas de milhares de hectares foram destruídos pelo fogo.
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O calor intenso cessa.
Incêndios determinaram o encerramento da rota entre Astorga e Ponferrada da peregrinação cristã do Caminho de Santiago, conforme comunicaram as autoridades, que relataram a participação de quase meio milhão de pessoas em 2024.
A Agência Meteorológica Nacional da Espanha (Aemet) comunicou que hoje foi o último dia da onda de calor, que já perdurava duas semanas com temperaturas de até 45°C em algumas regiões do sul e 40°C em diversas outras áreas.
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Recursos aéreos da França, Itália, Eslováquia e Países Baixos colaboram no combate a incêndios na Espanha, ao mesmo tempo em que Portugal recebe apoio aéreo da Suécia e Marrocos.
A situação é muito difícil, muito complicada, explicou a ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, à TVE, referindo-se à “virulência” e “magnitude” dos incêndios e à fumaça, visível do espaço, que dificulta a “ação aérea”.
Em razão da grande quantidade de fumaça no ar, a Prefeitura de Benavente recomenda o uso de máscara.
Dois óbitos totalizam a contagem em seis.
Um bombeiro faleceu na noite de domingo após o veículo que dirigia, carregado com água, sofrer uma capota na província de Leão, segundo o governo local divulgado na rede social X.
O automóvel fazia parte de uma formação que se deslocava de uma área de incêndios para repousar em uma área íngreme da floresta e, em seguida, tomou um despenhadо.
Dois outros bombeiros voluntários faleceram em Castilla y León durante o combate às chamas, e, anteriormente, um funcionário romeno de um centro de hipismo próximo a Madri perdeu a vida ao tentar salvar os cavalos.
Em Portugal, um bombeiro faleceu no domingo após um acidente de trânsito que resultou em dois ferimentos graves entre seus colegas, conforme declarado pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em um comunicado que celebra a dedicação incansável daqueles que combateram o incêndio.
Três mortes foram confirmadas no país, após a ocorrência de um óbito na sexta-feira em Guarda, no leste do país, envolvendo um ex-prefeito que lutava contra incêndios.
Portugal enfrenta sobretudo um incêndio significativo próximo a Arganil, no centro, onde estão atuando a maior parte dos 1 mil bombeiros mobilizados para combater as chamas em território nacional.
Após uma reunião sobre incêndios, o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, manifestou “confiança total” no equipamento que combate as chamas e recordou que seu país experimentou “24 dias de condições meteorológicas de uma severidade sem precedentes”.
Registros
Desde o início do ano, mais de 343 mil hectares foram queimados na Espanha, um número crescente que já supera o total de hectares destruídos no pior ano, conforme dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS).
Em 2022, a Espanha registrou a maior área queimada em um ano, totalizando 306 mil hectares.
Portugal detém o recorde europeu em termos de áreas queimadas, com 563 mil hectares destruídos em 2017, em incêndios que resultaram em 119 mortes.
O país também enfrenta incêndios neste verão, com 216 mil hectares queimados em 2025.
Fonte por: Brasil de Fato
