Encontro em Recife discute regulamentação das redes e busca por recursos públicos para comunicação popular

Comunicadores, pesquisadores e ativistas se encontram em evento que antecede o Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação.

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(Imagem de reprodução da internet).

Na próxima sábado (16), dezenas de comunicadores, ativistas e pesquisadores da comunicação se reúnem em Recife para discutir prioridades e estratégias para ampliar o acesso ao direito à comunicação. O evento é aberto ao público e ocorre das 9h às 14h, no Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações de Pernambuco (Sinttel), localizado na rua Afonso Pena, nº 333, bairro da Boa Vista.

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Além de aprofundar os debates sobre os temas, a reunião também irá eleger representantes de Pernambuco para participar da plenária nacional com essa temática.

A mesa no Recife contará com a presença da jornalista Ana Veloso, professora da UFPE e integrante do Intervozes, do Coletivo Brasil de Comunicação Social e diretora da Rádio Universitária Paulo Freire AM; do jurista André Fernandes, diretor do Instituto de Pesquisa em Direito e Tecnologia do Recife (IP.Rec); e da jornalista Martihene Oliveira, coordenadora do coletivo de comunicação comunitária Sargento Perifa. Com o tema Da radiodifusão à inteligência artificial: desafios para o direito e a comunicação no Brasil, a mesa será mediada pelo jornalista Ivan Moraes, ex-vereador do Recife e integrante da Diracom.

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Moraes reforça o convite às pessoas que produzem comunicação e aos defensores dos direitos humanos. “É para todas as pessoas que compreendem que precisamos de políticas públicas que garantam esse direito”. Tanto no campo da regulamentação, que se faz nacionalmente, mas também no campo local, com o fortalecimento das redes públicas, dos canais independentes e comunitários, diz o militante, que reforça a luta pela transparência nos gastos públicos com propaganda.

A disputa em relação à regulamentação da atuação dos grandes conglomerados de tecnologia e comunicação digital, as “big techs”, também se encontra no cerne da questão. “Temos uma legislação que falha na cobrança de responsabilização das plataformas digitais. No nosso país o direito à comunicação ainda não é pleno”, afirma Admirson Ferro “Gregório” Júnior. Ele também destaca a contradição das plataformas, que não controlam o crescimento dos discursos de ódio e da desinformação, mas tiram do ar sem justificativa perfis de comunicadores. “Não há transparência, não explicam como as coisas funcionam”.

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Organizado pelo FÓrum Nacional pelo Direito à Comunicação (FNDC), o evento reunirá organizações da sociedade civil, iniciativas de comunicação popular e comunitária com atuação em Pernambuco, além de comunicadores engajados na democratização desse direito. O aprofundamento dos debates é essencial para qualificar o 5º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação (ENDC), que ocorrerá nos dias 8, 9 e 10 de setembro, em Fortaleza (CE).

Em Recife, as entidades filiadas ao FNDC têm direito a voto na eleição dos representantes de Pernambuco que participarão da Plenária Nacional do FNDC, realizada no último dia do ENDC.

O encontro nacional visa atualizar os planos e estratégias de atuação do fórum, buscando ampliar o debate, atrair novos participantes e organizações para essa luta e alcançar melhores resultados nessa disputa. O ENDC é um evento aberto ao público e aceita inscrições (inclusive gratuitas) até o dia 1º de setembro, por meio de formulário online.

As atividades ocorrerão na Escola Superior do Parlamento Cearense (Unipace), no bairro de Aldeota, em Fortaleza (CE).

Fonte por: Brasil de Fato

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