Empresas exigem retorno ao escritório: Amazon, Apple e Itaú ajustam modelos de trabalho. Resistência de colaboradores e foco em cultura organizacional.
A discussão sobre o futuro do trabalho remoto tem ganhado destaque nas empresas nos últimos meses. Muitas organizações estão voltando a exigir que seus funcionários retornem aos escritórios, gerando reações diversas. Alguns colaboradores, que haviam estabelecido suas bases em locais fora dos grandes centros urbanos, resistem à mudança, considerando a rotina remota mais atraente.
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Essa resistência se deve ao fato de que muitos haviam montado espaços de trabalho em casa, equipados para reuniões de qualidade. Para eles, o retorno representa retomar uma rotina que consideram pouco atraente. Outros, sem alternativa, mesmo preferindo o trabalho em casa, atenderam ao chamado, retornando ao presencial quase como um sacrifício.
Grandes empresas, como Amazon, Apple, Meta, Microsoft e Disney, têm eliminado ou reduzido significativamente o home office. As razões apontadas incluem o fortalecimento da cultura organizacional, a busca por maior eficiência e a melhoria da colaboração e da inovação.
Algumas empresas adotaram modelos híbridos, exigindo a presença de três ou quatro dias por semana no escritório. No Brasil, instituições financeiras também revisaram seus modelos de trabalho. Bancos de grande porte, como o Itaú Unibanco, promoveram ajustes internos e demissões após avaliações de desempenho, em um contexto de reestruturação e revisão de metas de produtividade.
Apesar da guinada, é improvável que as reuniões a distância deixem de existir. Mesmo no trabalho presencial, a comunicação remota continuará sendo amplamente utilizada. A experiência recente demonstrou que a comunicação a distância não foi apenas uma solução emergencial, mas em muitos casos, eficiente e econômica, especialmente para decisões objetivas e encontros pontuais.
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Com o tempo, muitas organizações concluíram que o trabalho presencial oferece vantagens importantes, como a facilidade de acompanhamento do desempenho individual e a promoção de trocas informais que geram ideias e soluções. A percepção de comprometimento também é reforçada, com a forma de vestir, o relacionamento com colegas e superiores e a participação em reuniões ganhando outra dimensão.
A demanda por habilidades de comunicação mais refinadas cresce, especialmente em ambientes de trabalho onde os contatos remotos são realizados dentro do próprio local de trabalho. Postura, gestos, movimentação diante do grupo e energia na forma de se expressar precisam estar em um patamar elevado.
A comunicação a distância pode ser mais complexa, exigindo cuidado com a imagem, o ritmo da fala e a clareza das ideias.
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