Empresários avaliam venda de empresas familiares para garantir continuidade e valor do negócio. A decisão envolve análise de sucessão, gestão profissionalizada e interesse dos herdeiros
Muitos empresários dedicam atenção ao futuro de seus negócios. Demonstram interesse em temas como planejamento sucessório, profissionalização da gestão, conselhos de administração, a presença de conselheiros independentes, comitês, auditorias, protocolos e acordos entre familiares e acionistas.
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Essas ferramentas são cruciais para assegurar a continuidade da empresa após a saída ou afastamento do fundador, visando preservar o valor do negócio ao longo das gerações. No entanto, a venda representa, de fato, a melhor alternativa? Mesmo com o conhecimento disponível, manter a empresa na família pode ser inviável em diversos casos.
Essa situação pode ocorrer por diferentes motivos, como o alto custo de implementar as soluções de gestão ou, simplesmente, pela falta de interesse dos herdeiros em continuar à frente do negócio, mesmo que de forma indireta. Nesses casos, a venda se torna a alternativa mais natural.
Se os herdeiros não desejam assumir a liderança ou se envolver na gestão profissionalizada, pode ser interessante transformar o valor da empresa em recursos financeiros, por meio de uma operação de Fusão e Aquisição.
Dessa forma, o negócio pode continuar prosperando sob a gestão de novos proprietários, enquanto a família se liberta para seguir outros caminhos profissionais e pessoais. A decisão entre continuar com a empresa ou vendê-la depende de dois fatores principais.
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Em primeiro lugar, é fundamental reconhecer que todo negócio passa por ciclos de vida. Em determinados momentos, pode ser altamente competitivo, mas com o tempo, pode exigir maior escala, tecnologia, capital ou até mesmo um novo modelo de gestão para se manter no mercado.
Se a família deseja continuar, precisa estar preparada – com profissionais qualificados, recursos financeiros e flexibilidade para se adaptar. Caso contrário, a empresa pode perder espaço e, eventualmente, desaparecer.
Em segundo lugar, é importante considerar os interesses da família. É natural que, com o tempo, os sucessores desenvolvam outros planos de vida e, muitas vezes, optem por carreiras que não envolvam o negócio. O problema não está nessas transformações, nem no ciclo da empresa, nem nas vontades dos herdeiros.
O maior risco é o empresário não perceber essas mudanças e, por isso, não agir a tempo. Isso pode fazer com que um negócio valioso perca valor ao longo do tempo.
Ao se deparar com essa situação, vender a empresa é uma forma de concretizar seu valor, garantindo que possa ser utilizado em outros projetos de vida. A avaliação da sucessão e a necessidade de investimento são elementos cruciais. É importante que o empresário avalie com sinceridade se os sucessores têm interesse e se estão realmente preparados para assumir o negócio.
Em muitos casos, a melhor solução para uma nova fase é a contratação de profissionais externos e mais qualificados.
Além disso, é necessário considerar se a família tem condições de investir recursos adicionais caso a empresa precise se reinventar ou crescer. Devido à rápida evolução do mercado, especialmente em setores específicos, essa análise deve ser feita frequentemente.
Portanto, se não houver interesse por parte dos herdeiros e a família não tiver disposição ou condições de realizar os investimentos necessários, a venda se torna a alternativa mais prudente. O melhor momento para vender e a importância da assessoria são fatores determinantes.
Após a decisão de venda, é preciso se preparar para esse momento. O timing ideal não é, necessariamente, quando o empresário decide que quer vender, mas sim quando o mercado está favorável e há compradores dispostos a pagar um bom preço. Muitos empresários só pensam em vender quando estão cansados ou perto da aposentadoria.
No entanto, o ideal seria considerar a venda quando a empresa estiver em seu auge de valor. Nesse processo, contar com assessoria especializada é essencial. O processo de alienação envolve diversos aspectos técnicos e pode ser bastante complexo. Para o empresário, é uma experiência única, muitas vezes vivida apenas uma vez.
Os especialistas, por outro lado, atuam nesse tipo de negociação todos os dias.
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