Conselho dos Correios autoriza empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturação. Estatal enfrenta crise e busca regularizar pagamentos com apoio do Tesouro Nacional
O Conselho de Administração dos Correios aprovou a contratação de um empréstimo no valor de R$ 20 bilhões, como parte de um plano abrangente de reestruturação. A estatal enfrenta uma grave crise financeira, e essa medida foi tomada na sexta-feira (28) e confirmada no sábado (29).
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A operação ainda requer a aprovação do Tesouro Nacional, que atuará como garantidor do financiamento.
A expectativa interna é que R$ 10 bilhões sejam disponibilizados em 2025, com os restantes R$ 10 bilhões previstos para 2026, distribuídos em duas parcelas. O objetivo principal é fortalecer o caixa da empresa, regularizar pagamentos e possibilitar o início da reestruturação.
O plano de recuperação, aprovado pela estatal, está dividido em três etapas. A primeira fase, focada na recuperação financeira, ocorrerá em 2025 e envolverá a regularização de pagamentos, revisão de contratos, o Programa de Demissão Voluntária (PDV) e ajustes no plano de saúde dos funcionários.
A segunda fase, de reorganização e modernização, está prevista para 2026 e 2027. Nesta etapa, serão fechadas até mil agências com desempenho negativo, a venda de imóveis ociosos (com arrecadação estimada em R$ 1,5 bilhão) e investimentos em automação, visando reduzir o déficit do Postal Saúde.
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A terceira fase, com o objetivo de retomar o crescimento, está agendada a partir de 2027. A estratégia inclui novos modelos de negócio, parcerias e avanços tecnológicos, com a meta de alcançar o lucro em 2027.
O presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, acredita que o empréstimo dará suporte para que as medidas implementadas surtam efeito a partir de 2026. Ele espera que a estatal inicie um “ciclo de balanço positivo” a partir de 2027.
As condições do crédito ainda não foram detalhadas, mas a taxa de juros deverá estar acima de 120% do CDI, considerado um nível elevado com garantia da União. O consórcio de bancos envolvidos inclui Banco do Brasil, Citibank, BTG Pactual, ABC Brasil e Safra.
Os Correios informaram que as negociações seguem em andamento e que novas informações serão divulgadas apenas pelos canais oficiais da empresa.
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