Emmanoel Rondon apresenta plano de reestruturação nos Correios, buscando R$ 1,2 bi em investimentos e retomada de resultados positivos a partir de 2027.
O presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, apresentou um plano abrangente de reestruturação para a estatal, visando superar desafios financeiros e melhorar a eficiência. O plano inclui a captação de R$ 1,2 bilhões, além de medidas como demissões, fechamento de unidades e venda de imóveis.
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A iniciativa busca reverter um cenário de déficit estrutural, patrimônio líquido negativo e prejuízos acumulados, além de recuperar indicadores de qualidade e liquidez.
Uma das primeiras ações do plano é a recuperação do caixa da empresa, alcançada com uma captação de R$ 12 bilhões, envolvendo bancos como Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Santander e Itaú. O desembolvo de R$ 10 bilhões está previsto para 2025, com os restantes R$ 2 bilhões em 2026.
Essa captação visa garantir o pagamento de fornecedores, benefícios para funcionários e tributos, além de restaurar a confiança de clientes e fornecedores.
A segunda fase do plano, com início em março, foca na otimização do quadro de pessoal, com um programa de demissão voluntária (PDV) de 10 mil funcionários em 2026 e 5 mil em 2027. Essa medida, que representa uma economia anual estimada em R$ 2,1 bilhões, impactará plenamente em 2028.
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Além disso, serão revisados cargos de alta remuneração e os planos de saúde e previdência. A gestão de ativos, incluindo a alienação de imóveis, também é uma frente importante, com expectativa de geração de receita de R$ 1,5 bilhão em 2026.
Rondon destacou a terceira fase do plano, que contempla investimentos de médio e longo prazo. A empresa contratará uma consultoria externa para avaliar arranjos societários e parcerias abrangentes, buscando modelos semelhantes aos adotados por outras empresas de economia mista.
O investimento total previsto entre 2027 e 2030 é de R$ 4,4 bilhões, com financiamento do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB/Brics), destinado à automação de centros de tratamento, renovação da frota, modernização da infraestrutura de TI e redesenho da malha logística.
A expectativa é gerar mais de R$ 8 bilhões em receitas adicionais até 2029 e retomar resultados positivos de forma sustentável a partir de 2027.
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