O presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, realizou uma coletiva de imprensa na segunda-feira (29) para detalhar o plano de reestruturação da estatal para os anos de 2025 a 2027. A empresa enfrenta uma crise financeira significativa. O objetivo principal da coletiva era apresentar as medidas que visam estabilizar as finanças da estatal.
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Financiamento de R$ 12 Bilhões
Uma das iniciativas a serem discutidas foi a assinatura de um contrato de empréstimo de R$ 12 bilhões, concedido por um grupo de cinco bancos. O financiamento possui garantia do Tesouro Nacional, o que significa que, em caso de dificuldades da empresa em honrar a dívida, a União assume a responsabilidade pelo pagamento.
Essa garantia diminui o risco para as instituições financeiras, podendo resultar em juros mais baixos e condições mais favoráveis.
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Medidas da Reestruturação
Durante a coletiva, a diretoria executiva dos Correios apresentará os resultados de estudos realizados desde setembro. Esses estudos abordam a venda de imóveis ociosos, a reabertura do programa de demissão voluntária, o reequilíbrio do plano de saúde e a renegociação de passivos judiciais.
A estratégia central é focar na redução de despesas e no aumento das receitas, buscando o equilíbrio financeiro da empresa.
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Desempenho Financeiro Recente
Entre janeiro e setembro, os Correios registraram um prejuízo de R$ 6 bilhões, um aumento de quase três vezes em relação ao mesmo período do ano anterior, que foi de R$ 2,1 bilhão. A empresa enfrenta uma queda nas receitas, mas também as despesas continuam subindo.
Críticos das gestões anteriores apontam para a lentidão nos ajustes necessários.
Ações Anunciadas
O plano inicial incluía a venda de imóveis e um programa de demissões voluntárias, além do lançamento de um marketplace com a Infracommerce. No entanto, essas medidas foram consideradas insuficientes para reverter a situação financeira da empresa.
Um exemplo específico é a venda de um prédio em Salvador, com um lance inicial de R$ 109 milhões e um valor máximo estimado de R$ 145 milhões.
Plano de Economia
Em maio, a empresa anunciou um plano para reduzir despesas, com previsão de economia de R$ 1,5 bilhão em 2025. A mudança no comando da estatal, com a nomeação do economista Emmanoel Rondon, servidor de carreira do Banco do Brasil, também ocorreu em setembro, com o objetivo de implementar as mudanças necessárias.
