Embaixador André Corrêa do Lago destaca urgência de metas ambiciosas da Europa na COP30. União Europeia deve apresentar NDC ousada para a conferência climática.
O presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, declarou nesta sexta-feira (31) que a União Europeia precisa apresentar metas climáticas “bem ambiciosas” para a conferência do clima. Segundo o embaixador, a Europa sinalizou na quarta-feira (29) que suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC) serão ousadas, em um momento crucial com menos de duas semanas para o início da COP30.
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As Contribuições Nacionalmente Determinadas são compromissos de redução de emissões e adaptação climática assumidos por cada país que participa do Acordo de Paris. Esses documentos são revisados periodicamente pela Organização das Nações Unidas (ONU).
O embaixador Corrêa do Lago enfatizou a importância da atuação dos países desenvolvidos, considerando a ausência dos Estados Unidos.
“Com a ausência dos Estados Unidos, é muito importante que os países desenvolvidos mostrem o que vão fazer”, afirmou o embaixador em uma entrevista à imprensa, realizada na sede da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) em Brasília.
Ele complementou, destacando que “Não tem sentido que os países em desenvolvimento tenham que fazer mais esforços que os países que já puderem se desenvolver ao longo de dois séculos e meio emitindo”.
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O presidente da COP30 avaliou a sinalização da Europa como uma “boa notícia” e acredita que o bloco apresentará a “faixa mais ambiciosa” de metas. A expectativa é que a Europa demonstre um compromisso mais forte com a redução de emissões.
Em outubro, o representante da sociedade civil para a COP30, André Guimarães, criticou a demora da Europa em se posicionar sobre a cúpula. Durante a Cerimônia Oficial de Abertura da Pré-COP, em Brasília, Guimarães apontou que “A Europa se absteve de participar até agora.
Estamos a menos de 30 dias da COP30 e a Europa não se manifestou e não apresentou NDC”.
O documento da União Europeia, divulgado em novembro do ano passado, estabelecia a meta de reduzir todos os gases do efeito estufa entre 59% e 67%, além de zerar o desmatamento até 2030.
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