A oposição ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, irá protocolar nesta quarta-feira (10), às 14h, na Assembleia Legislativa do Estado, um pedido de impeachment contra ele. O documento será assinado pelos deputados Antonio Donato, líder da Federação PT/PCdoB/PV, e Guilherme Cortez, líder da Federação PSOL/Rede.
Na terça-feira (9), Donato publicou um vídeo nas redes sociais ligando Tarcísio de Freitas ao golpe. “Tarcísio de Freitas é um golpista? Bom, essa última semana não deixou dúvidas”, diz o post, com trechos de declarações recentes do governador em entrevistas e nas manifestações de 7 de Setembro.
A expectativa da oposição é associar a imagem do governador aos símbolos de oposição à democracia e à Justiça, sendo considerada golpista.
Na domingo, durante um ato da esquerda na Praça da República, o deputado federal Orlando Filho (PCdoB) também utilizou o discurso. “Nesta semana, mais um golpista apareceu, chamado Tarcísio de Freitas. Ele deveria estar no Palácio dos Bandeirantes e foi para Brasília”, afirmou.
Fora de São Paulo.
Além das fronteiras do Estado, a oposição tem, de modo geral, aproveitado o discurso do governador.
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Na domingo, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, criticou o governador. “Tarcísio de Freitas cruzou o Rubicão. Na Paulista, bradou: ‘Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como o Alexandre de Moraes’. Não é crítica política, mas um ataque frontal ao STF, que pode configurar coação no curso do processo, por tentativa de intimidar o ministro relator no meio do julgamento de Jair Bolsonaro e demais golpistas”.
A chefe da Secretaria de Relações Internacionais, Gleisi Hoffmann, disse o mesmo: “O governador Tarcísio foi uma manifestação pró-Trump, defendendo os traidores da pátria e a impunidade de quem tramou um golpe contra a democracia”.
Fonte por: Jovem Pan