Pelo menos 17 mortos e 400 feridos foram contabilizados na segunda-feira (8) em Katmandu, capital do Nepal, durante a dispersão de uma manifestação contra o bloqueio de redes sociais e a corrupção. O protesto se seguiu ao anúncio do Ministério nepalês da Comunicação e Tecnologias da Informação, na quinta-feira, sobre o bloqueio de 26 plataformas, incluindo Facebook, YouTube e LinkedIn, devido à falta de registro perante a administração, conforme a lei. A decisão foi motivada por uma deliberação de 2023 da Suprema Corte do país.
A ONU solicitou, na segunda-feira, a abertura “rapidamente” de uma investigação “transparente”, conforme comunicado por Ravina Shamdasani, porta-voz do escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos. A situação se intensificou na segunda-feira, quando diversos manifestantes tentaram ultrapassar o cerco de segurança e chegar ao Parlamento, o que provocou a resposta da polícia com lançamentos de gás lacrimogêneo, jatos d’água, uso de cassetetes e emprego de munição letal.
Com a implementação do bloqueio, as plataformas que continuam operando, como o TikTok, estão sendo sobrecarregadas com vídeos que questionam o estilo de vida extravagante dos filhos de políticos. O governo estabeleceu um período de sete dias para que as empresas responsáveis pelas redes sociais se registrassem junto aos órgãos competentes, designando um representante local e uma pessoa responsável por lidar com possíveis ações judiciais decorrentes de seu uso.
Com informações da AFP
Fonte por: Jovem Pan