Entre 1985 e 2024, o Brasil registrou a perda de 111,7 milhões de hectares de vegetação nativa. Essa área é superior à da Bolívia e representa 13% do território nacional. Mais de 80% dessa supressão ocorreu em florestas primárias, conforme dados da Coleção 10 de mapas de cobertura e uso da terra divulgada pelo MapBiomas na terça-feira (13), em Brasília.
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Na mesma época, a porcentagem de municípios com predominância da agropecuária sobre o território aumentou de 47% para 59%. A nova série histórica também revela que a expansão agrícola e de pastagens foi o principal motor de transformação da paisagem brasileira nas últimas quatro décadas.
A sucessão florestal representou o tipo de cobertura nativa que mais perdeu área, com uma redução de 62,8 milhões de hectares (-15%), correspondente a uma extensão ligeiramente superior ao território da Ucrânia. Em seguida, a formação savânica diminuiu 37,4 milhões de hectares (-25%) – área equivalente à da Alemanha.
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Entre 1985 e 1994, houve uma expansão das pastagens e um aumento da área urbanizada, com a conversão de 36,5 milhões de hectares para uso antrópico. Na década seguinte, de 1995 a 2004, essa transformação foi ainda mais acentuada: 44,8 milhões de hectares de florestas foram convertidos em áreas agropecuárias, sobretudo pastagens e lavouras.
O desmatamento atingiu seu ápice no período compreendido entre 1995 e 2004.
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Entre 1985 e 2024, o Brasil perdeu 10 milhões de hectares de áreas úmidas, que diminuíram de 84 milhões (quase 10% do território) para 74 milhões de hectares (8,8%).
O Pampa sofreu a maior perda proporcional de vegetação nativa nos últimos 40 anos (-30%, ou 3,8 milhões de hectares), com 1,3 milhão de hectares suprimidos apenas na última década.
Fonte por: Brasil de Fato
