Eleitores Suíços Rejeitam Taxação de Heranças e Expansão do Serviço Militar

Eleitores suíços rejeitaram em 2025 propostas sobre taxação de heranças e expansão do serviço militar. A votação gerou debates sobre desigualdade e segurança

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Em 30 de novembro de 2025, os eleitores suíços rejeitaram duas propostas de lei. Uma delas visava a criação de uma taxa sobre grandes heranças e doações de indivíduos com fortunas acima de 50 milhões de francos suíços (aproximadamente R$ 332 milhões na conversão da época).

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A outra proposta buscava ampliar o serviço militar obrigatório, que atualmente se aplica apenas a homens.

Taxação de Heranças e Doações

A iniciativa da taxação de heranças e doações foi apresentada pelo Juso (Jovens Socialistas). O argumento central era que indivíduos com grandes patrimônios deveriam contribuir financeiramente com políticas de combate às mudanças climáticas.

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Os proponentes defenderam o princípio do “poluidor-pagador”, sustentando que os super-ricos eram responsáveis por uma parcela significativa das emissões que impactavam o clima. Estima-se que cerca de 2.500 pessoas no país possuam um patrimônio superior a 50 milhões de francos suíços, o alvo da proposta.

Ampliação do Serviço Militar

A proposta de ampliar o serviço militar obrigatório previa a extensão da obrigação a toda a população, independentemente do gênero. A ideia era que homens e mulheres pudessem servir nas Forças Armadas, na defesa civil ou em serviços civis. Defensores da medida alegavam que um sistema mais amplo fortaleceria a capacidade do país de responder a desastres naturais, ataques cibernéticos e desafios de segurança na Europa.

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A proposta também se baseava no argumento da igualdade, já que mulheres já podiam servir voluntariamente, mas não eram obrigadas.

Rejeição e Impactos

Ambas as iniciativas foram rejeitadas pelos eleitores suíços. A proposta de taxação enfrentou forte resistência, incluindo uma previsão de aplicação retroativa, que gerou críticas de advogados tributaristas e grupos empresariais. Autoridades federais alertaram que a medida poderia reduzir a atratividade da Suíça para grandes fortunas móveis.

A rejeição também se deu com um amplo apoio de partidos da esquerda e conservadores da SVP (Partido do Povo Suíço).

Contexto e Dados

As votações faziam parte do calendário regular de consulta popular da democracia direta suíça. Desde 1874, cerca de 200 referendos opcionais foram realizados, com aproximadamente 40% sendo rejeitados.

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