Democratas dominam eleições nos EUA após ano de disputas; Califórnia e Virgínia são destaques com vitória de Sherrill e primeira governadora.
Após um ano de eleições em nível nacional, eleitores em diversos estados e cidades dos Estados Unidos retornaram às urnas para escolher governadores e prefeitos. As quatro principais eleições da noite de terça-feira (4) confirmaram a força do Partido Democrata, com uma vitória assegurada por pelo menos 9 pontos percentuais em relação aos candidatos republicanos.
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A maior disparidade ocorreu na Califórnia, onde um plebiscito sobre a possível redistribuição dos distritos estaduais indicou um forte apoio à medida, com 63,9% dos votos. Essa mudança pode beneficiar os democratas na próxima eleição para o Congresso americano, garantindo cinco novos assentos.
O plebiscito na Califórnia, que teve 63,9% de votos a favor da redistribuição dos distritos estaduais, representou um apoio significativo à mudança. A opção favorável à medida obteve quase 5 milhões de votos, enquanto a opção contrária recebeu apenas 36,1%, totalizando quase 3 milhões de votos.
A diferença de 2 milhões e 300 mil votos demonstra a força do apoio à nova configuração dos distritos.
Um momento histórico foi marcado na Virgínia, que elegeu sua primeira governadora, derrotando a republicana Winsome Earle-Sears, que obteve 42,6% dos votos. Mais de 400 mil votos foram divididos entre os candidatos, evidenciando a competitividade da eleição.
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A vitória representa um marco significativo para o estado.
Na eleição para o governo de Nova Jersey, Mikie Sherrill foi eleita, com um discurso mais centrista, buscando apoio em distritos indecisos. Em Nova York, o prefeito eleito, Zohran Mamdani, adotou uma postura distinta, descrevendo-se como um “democrata socialista” e defendendo a expansão de programas sociais e transporte público gratuito.
Sua campanha, focada nas redes sociais, contrastou com a de Andrew Cuomo, ex-governador de Nova York.
O professor Mauricio Moura, da Universidade George Washington, atribuiu os resultados amplos à queda na popularidade do presidente Donald Trump. Ele destacou uma mudança de votos entre eleitores independentes, motivada por insatisfação com a gestão econômica da Casa Branca, especialmente a inflação.
Ele ressaltou que os resultados surpreenderam até mesmo os democratas, que esperavam uma diferença menor nos votos.
Para os republicanos, os números da eleição foram negativos devido à ausência de Donald Trump nas urnas e à paralisação do governo americano. A análise do professor Moura enfatizou que esses fatores foram atribuídos predominantemente ao partido.
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