As eleições presidenciais de Honduras, realizadas em 30 de novembro, ainda não possuem um resultado final. Após a apuração de 99,3% dos votos, os dois principais candidatos, Nasry Asfura e Salvador Nasralla, mantêm uma disputa acirrada. A Autoridade Nacional Eleitoral (CNE) do país está revisando aproximadamente 14,5% das cédulas de votação, que representam milhares de votos, devido a “inconsistências” identificadas.

Revisão das Cédulas de Votação

A CNE estabeleceu um prazo de 30 de dezembro para anunciar o resultado oficial. A revisão das cédulas é necessária devido a discrepâncias encontradas na contagem. Essa etapa é crucial para garantir a legitimidade do processo eleitoral.

Críticas e Acusações de Interferência

A presidente Xiomara Castro acusou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de interferir nas eleições, alegando “ameaças e coerção” direcionadas ao povo hondurenho. Ela mencionou uma suposta ameaça relacionada à candidata Rixi Moncada, do partido Libre, caso houvesse voto a favor dela.

Recomendação da OEA e Demanda por Transparência

A Organização dos Estados Americanos (OEA) solicitou uma recontagem dos votos e defendeu a transparência no processo eleitoral. A missão da OEA rejeitou qualquer tentativa de perturbar a ordem pública durante as etapas finais do processo.

Papel das Forças Armadas

O chefe das Forças Armadas de Honduras, Roosevelt Hernández, garantiu que as militares assegurarão a transferência de poder ao vencedor das eleições. A instituição militar possui uma influência significativa na política do país, tendo participado de golpes de Estado anteriores.

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Reações e Demandas por Justiça Eleitoral

O candidato Salvador Nasralla, empatado com Asfura, exigiu uma recontagem completa das cédulas, alegando uma “fraude monumental”. Manifestações populares em Tegucigalpa, com centenas de pessoas vestidas de vermelho, reforçam a demanda por uma auditoria completa do processo eleitoral.