Na próxima quarta-feira (20), educadores do Rio de Janeiro realizarão uma marcha até o Palácio Guanabara em oposição à gestão do governador Cláudio Castro (PL). O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ) considera que as recentes decisões contra professores da rede estadual possuem motivação ideológica.
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O grupo de trabalho do Sepe RJ, em colaboração com o Observatório Nacional de Violência Contra os Educadores da Universidade Federal Fluminense (ONVE/UFF), tem acompanhado as penalidades classificadas como perseguição política. O relatório aponta que 1.320 sindicâncias apresentaram esse viés entre janeiro de 2020 e maio de 2024.
A categoria critica a militarização da Corregedoria da Secretaria de Estado de Educação que julga os casos. Ademais, a partir de um decreto de Castro, as penalidades passaram a ter uma “bagagem ideológica” contra profissionais da educação.
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O amplo direito à defesa não é garantido diante de acusações criadas em gabinetes e julgadas, no fim, por um corregedor que pertence aos quadros da Polícia Militar e carrega toda uma bagagem ideológica contra os direitos humanos. Cada dia a lista de profissionais de educação respondendo a inquéritos e processos administrativos cresce.
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Na última semana, a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) comunicou ao Brasil de Fato que o professor de sociologia João Paulo Cabrera foi exonerado após a conclusão do Processo Administrativo (PAD), iniciado em 2022, devido a atos praticados na gestão dos recursos financeiros e equipamentos do Colégio Estadual André Maurois, onde ele atuou como diretor-geral.
Adicionalmente à destituição de Cabrera, outros casos no mesmo estabelecimento de ensino, localizado no bairro do Lebon, zona sul do Rio, incluem a suspensão das professoras Stefanini Mendonça por 120 dias e Andrea Cassa e Mônica Lemos, por 20 dias. Cabrera e Andrea Cassa são militantes do Sepe RJ.
A concentração dos professores em 20 de junho, em oposição à perseguição política, ocorrerá no Largo do Machado, a partir das 14h, com o apoio do Fórum dos Segmentos da Educação Pública do Rio de Janeiro (Feperj).
Fonte por: Brasil de Fato
