O senador da MDB-AM, Eduardo Braga, expressou sérias preocupações nesta quarta-feira, 5 de novembro de 2025, sobre a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). A CDE, financiada pelos consumidores e que financia benefícios para fontes renováveis, pode atingir R$ 70 bilhões em 2027 se o Brasil não implementar “medidas urgentes” para reequilibrar o sistema elétrico.
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O congressista ressaltou que o impacto maior recairá sobre a classe média, devido à tarifa social para baixa renda e à migração de consumidores de alta renda para a geração distribuída.
Desequilíbrio e Custos Elevados
Braga afirmou que a CDE já atingiu R$ 55 bilhões em 2025, um valor desconhecido para o consumidor médio. Ele atribui o problema à ineficiência energética e à falta de planejamento no sistema interligado nacional. O senador criticou a situação nas distribuidoras, que não conseguem gerenciar a energia entrante ou consumida, devido à infraestrutura envelhecida e inadequada.
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Impacto das Fontes Intermitentes
O congressista destacou que a proibição da construção de hidrelétricas com reservatórios, combinada com a expansão desordenada de usinas eólicas e solares, criou um problema técnico de grande escala. A geração intermitente, que causa rampas de 43 gigawatts sem controle do ONS (Operador Nacional do Sistema) e variações de tensão, é apontada como a principal causa do desequilíbrio.
Necessidade de Energia Firme e Armazenamento
Braga enfatizou que a falta de “energia firme” – a energia estável e confiável – é um dos principais problemas do sistema elétrico brasileiro. Ele defende a necessidade de políticas de armazenamento de energia, citando o exemplo da China, que, com dimensões continentais semelhantes, já implementou medidas desde 2017.
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