Economia Brasileira Surpreende: Crescimento e Baixo Desemprego Apesar dos Juros Altos

Economia do Brasil surpreende com recuperação, desemprego em baixa e aumento salarial. Mercado aposta em queda da Selic em 2024.

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BRASÍLIA,DF,29.10.2014:COPOM-JUROS - Sede do Banco Central em Brasília (DF), nesta quarta-feira (29). A taxa básica de juros da economia (Selic), válida para os próximos 45 dias, será anunciada hoje pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BDC). A reunião que vai definir a Selic, a penúltima do ano, começou ontem (28) à tarde, com apresentações técnicas e discussões sobre a conjuntura econômica. (Foto: Charles Sholl/Futura Press/Folhapress)

A economia brasileira tem demonstrado uma capacidade de recuperação maior do que o inicialmente previsto, mesmo com a taxa Selic mantida em 15% ao ano. Essa situação, que teoricamente deveria levar a uma desaceleração da atividade econômica e do mercado de trabalho, não ocorreu.

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Em vez disso, o país tem apresentado um crescimento acima das projeções iniciais, com o desemprego atingindo níveis historicamente baixos e um aumento significativo na massa salarial, impulsionando o consumo.

Foco na Inflação e Juros

O setor de serviços, um dos principais motores da inflação, também tem se mostrado resistente. Diante desse cenário, surge a dúvida sobre o momento e a intensidade dos cortes na taxa Selic. O mercado aposta em uma trajetória de queda a partir do próximo ano, com projeções de inflação em declínio, especialmente considerando que a meta de 3% já foi atingida neste ano.

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Interferência Política e Econômica

No entanto, o Banco Central mantém o foco na meta de inflação em um horizonte de longo prazo, que se estende até 2028. Programas sociais, como a transferência de renda do setor público e o reajuste real do salário mínimo, contribuem para o aumento do poder de compra da população.

A isenção maior do imposto de renda, prevista para o próximo ano, beneficiará milhões de brasileiros.

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Incertezas e Desafios

Apesar disso, as iniciativas governamentais geram incertezas quanto à evolução das contas públicas e ao cumprimento das metas de ajuste fiscal. O governo pode adotar medidas para ampliar a arrecadação ou excluir gastos, mas a persistência da incerteza pesa nas perspectivas de inflação.

A manutenção dos juros elevados, em parte, pelas condições fiscais, agrava o cenário.

Conflitos e Resistências

O endividamento e a inadimplência da população também são reflexo desse cenário. Além disso, o embate entre o governo e lideranças do Congresso pode dificultar o avanço de pautas que visam assegurar um cenário fiscal mais estável. A resistência de parlamentares na defesa de emendas e benefícios tributários contribui para a complexidade do ambiente econômico.

Conclusão

Diante das fragilidades do cenário econômico e da influência de fatores políticos, os ajustes na economia e na inflação podem se tornar mais desafiadores. A combinação de incertezas fiscais e políticas, impulsionada por interesses eleitorais, representa um obstáculo para a estabilidade econômica do país.

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