A Onipresença da Duralex no Brasil

No final do século passado, a Duralex era uma marca quase onipresente no Brasil. A marca francesa, criada em 1945 pela Saint-Gobain, conquistou um lugar de destaque na vida dos brasileiros, presente desde a merenda escolar até o prato feito no restaurante. A marca, conhecida por seus copos e pratos de vidro temperado, especialmente na cor âmbar (marrom), se tornou um símbolo de resistência e praticidade.

A durabilidade e a segurança do vidro temperado, que se fragmentava em pequenas lascas ao quebrar, o diferenciavam da porcelana e da louça convencional, tornando-o uma opção viável para famílias de menor renda. A produção brasileira da Duralex começou nos anos 1980, com a Santa Marina, que se tornou a principal fabricante nacional da marca.

A Resistência da Marca

O nome “Duralex” tem origem no latim “Dura lex, sed lex” (“a lei é dura, mas é a lei”), refletindo a proposta da marca de oferecer um produto confiável e resistente. A empresa empregava 1.500 pessoas e produzia mais de 130 milhões de unidades ao redor do mundo, com a marca se tornando quase invisível na vida cotidiana dos brasileiros.

A Crise Internacional e a Resiliência Brasileira

Enquanto a matriz francesa enfrentava uma crise nos anos 2000, com a concorrência chinesa e problemas técnicos, a produção brasileira da Duralex continuou, sob o controle da Nadir Figueiredo, que adquiriu a Santa Marina em 2011. A marca se tornou independente da França e, apesar da descontinuação da linha âmbar em 2012, a produção seguiu com foco em peças transparentes e azuis.

O Legado da Duralex no Brasil

Hoje, os copos e pratos antigos da Duralex são considerados peças de colecionador, com preços que podem chegar a 400 reais. A marca continua ativa no mercado brasileiro, com a Nadir Figueiredo, agora apenas “Nadir”, investindo na durabilidade e no apelo nostálgico de seus produtos.

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