Duralex se torna ícone no Brasil após Segunda Guerra Mundial. Vidro temperado e resistência marcaram a trajetória da marca, popular na merenda e restaurantes.
No final do século passado, a Duralex se tornou uma presença onipresente nas mesas brasileiras. Desde a merenda escolar até o prato feito no restaurante, a marca, criada na França e adotada com entusiasmo no Brasil, representava resistência e praticidade.
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A vidraria, produzida pela Saint-Gobain a partir de 1945, com seu vidro temperado e a capacidade de quebrar em pequenos fragmentos, oferecia segurança e durabilidade, características muito valorizadas pela população.
A Duralex nasceu em La Chapelle-Saint-Mesmin, França, após a Segunda Guerra Mundial. A empresa dominou a técnica do vidro temperado, que garantia resistência mecânica e segurança. O nome, derivado do latim “Dura lex, sed lex” (“a lei é dura, mas é a lei”), refletia a confiabilidade e a funcionalidade do produto, tornando-o uma alternativa viável à porcelana e à louça convencional, especialmente para famílias de menor renda.
A importação da Duralex para o Brasil começou nos anos 1950, mas a explosão de popularidade ocorreu décadas depois, quando a marca passou a ser fabricada por aqui. A linha âmbar – pratos, copos e xícaras de vidro marrom – se tornou uma referência de durabilidade e presença garantida nas cozinhas da classe média.
A marca estava presente em escolas públicas, refeitórios, padarias, lanchonetes e restaurantes por quilo.
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Nos anos 2000, a crise internacional atingiu a Duralex na França, com a concorrência chinesa, o aumento dos custos de energia e problemas técnicos com os fornos. A empresa entrou em recuperação judicial em 2008. Em 2011, a Nadir Figueiredo comprou a Santa Marina e, com ela, os direitos da Duralex no Brasil, controlando a marca de forma independente da matriz francesa.
Com a descontinuação da linha âmbar em 2012, os itens antigos ganharam novo status como peças de colecionador, alcançando preços que chegam a 400 reais em sites de revenda. O fenômeno é alimentado por influenciadores de decoração e por consumidores em busca de memórias afetivas – ou simplesmente produtos mais duráveis do que os de hoje.
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