Nasry Asfura, com apoio de Trump, lidera na contagem de votos na Honduras. Rixi Moncada e Salvador Nasralla também disputam a presidência
Nasry Asfura, com o apoio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lidera a contagem de votos na eleição presidencial de Honduras. De acordo com dados parciais divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) após a votação de 30 de outubro, Asfura acumulava 40,5% dos votos, com uma vantagem de 1,5 ponto sobre Salvador Nasralla, também candidato de direita.
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A advogada Rixi Moncada, representante do partido governante Livre, apresentava uma diferença de mais de 20 pontos em relação aos demais concorrentes.
A apuração total das urnas pode levar vários dias, conforme declarado pela candidata Moncada, que condicionou o reconhecimento do resultado à conclusão completa da contagem. A etapa de apuração, que até a noite de domingo, abrangia apenas 42,65% das urnas eletrônicas do país.
Na véspera da eleição, o apresentador de televisão Donald Trump intensificou sua participação na campanha, declarando que Nasry Asfura é o “único verdadeiro amigo da liberdade”. O presidente americano também criticou a candidata Rixi Moncada, classificando-a como “comunista” e mencionando a admiração de Moncada por Fidel Castro.
Salvador Nasralla foi descrito como “quase comunista”.
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Trump prometeu conceder indulto ao ex-presidente hondurenho Juan Orlando Hernández, condenado nos Estados Unidos a 45 anos por narcotráfico. Moncada afirmou que a questão não estava relacionada às eleições, e que o tema era “tramado” por elites locais.
Honduras enfrenta desafios significativos, com 60% da população vivendo na pobreza e 65% do PIB dependendo das remessas de migrantes. A informalidade no mercado de trabalho está próxima de 70%, segundo o analista Manuel Orozco do Diálogo Interamericano.
A polarização política remonta ao golpe de Estado de 2009 contra Manuel Zelaya, marido da atual presidente Xiomara Castro. A eleição ocorreu sob estado de exceção parcial decretado em 2022, o que pode impactar a estabilidade institucional.
Os candidatos Asfura e Nasralla sinalizaram a intenção de retomar laços com Taiwan, após o governo Castro restabelecer relações com a China em 2023. A estabilidade do país também depende da superação da fragilidade institucional e do controle político exercido pelo governo sobre o Ministério Público e as Forças Armadas, conforme apontado pela analista Valeria Vásquez da Control Risks.
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