O dólar à vista apresentou uma valorização significativa em relação ao real nas negociações de quarta-feira, 17 de maio. Por volta das 11h23, a moeda americana subiu 0,68%, sendo negociada a R$ 5,500. Essa alta se iniciou nos primeiros negócios da sessão, atingindo um pico de R$ 5,520 na primeira hora de negociação.
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Contexto Internacional
O movimento de alta do dólar acompanha a tendência observada no mercado internacional. No índice DXY, que mede a força da moeda americana em comparação com outras moedas de países desenvolvidos, houve um aumento de 0,24% às 11h32. O mercado aguarda discursos de representantes do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, e se prepara para decisões de outros bancos centrais na quinta-feira, 18.
Fatores Internos e Expectativas
A valorização do dólar no Brasil reflete, em parte, a percepção de agentes financeiros sobre o cenário político brasileiro. A divulgação de pesquisas de intenção de voto, que indicaram vantagem de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno, e a manutenção de alta das intenções de voto, com 46% contra 36% para o petista em um possível segundo turno para a eleição presidencial de 2026, influenciaram o mercado.
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Além disso, a incerteza em relação a uma possível candidatura de direita, representada pelo atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também contribuiu para a volatilidade.
Incertezas Econômicas e Fluxo Cambial
A expectativa de uma redução na taxa de juros no Brasil, ainda não definida, e o fluxo cambial semanal, que deve ser divulgado às 14h30 (horário de Brasília), também impactam o mercado. Operadores preveem a saída de capital estrangeiro comum no final do ano, o que pode intensificar a pressão sobre o dólar.
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O relatório do BTG Pactual, publicado no dia 3, projetou um fluxo cambial líquido negativo em dezembro, com uma saída estimada de US$ 6,9 bilhões, concentrada no setor financeiro.
Discussões no Senado
A semana também será marcada pela votação do projeto de lei que pode reduzir a pena de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, que passará primeiro pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, em seguida, pelo Plenário da Casa.
