Dólar fecha em R$ 5,35, atingindo o menor patamar desde junho; Ibovespa registra queda

Com a repercussão da condenação de Bolsonaro pelo STF, o dólar recuou 0,71% na sexta-feira (12), e a Bolsa registrou queda de 0,26%, atingindo os 142.27…

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SP - MERCADO/DÓLAR - ECONOMIA - Após fechar a quinta-feira, 3, no menor valor em quase seis meses, o dólar disparou nesta sexta-feira, 4, e voltou a superar R$ 5,80, acompanhando a onda de valorização da moeda norte-americana no exterior, em especial na comparação com divisas emergentes e de países exportadores de commodities. 04/04/2025 - Foto: CRIS FAGA/DRAGONFLY PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O dólar apresentou queda consistente nesta sexta-feira (12) e fechou no menor patamar desde o começo de junho de 2024. Em sessão com tendência ascendente da moeda americana no exterior, o real não apenas se desvalorizou, mas também obteve o melhor desempenho entre as moedas mais importantes. Em desconsideração de um possível fluxo externo, com a expectativa de maior atratividade do *carry trade* antecipando a possível diminuição das taxas de juros nos Estados Unidos na próxima semana, operadores destacam que o real se beneficiou de uma saída de prêmios de risco no mercado cambial.

Investidores estariam abandonando posições cautelosas com a falta de novas sanções do governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, ao Brasil, após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O alinhamento das forças de direita em torno do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, na disputa pela presidência de 2026, também influenciou a queda do dólar. Tarcísio não manifestou críticas à decisão do STF e cessou a defesa da anistia a Bolsonaro, diminuindo as preocupações com um possível conflito direto com a Suprema Corte.

Após atingir mínima de R$ 5,3452, o dólar à vista encerrou a sessão em queda de 0,71%, a R$ 5,3541 – menor valor de fechamento desde 7 de junho de 2024 (R$ 5,3247). A moeda americana fecha a semana com perda de 1,08%, o que leva a desvalorização em setembro a 1,25%. No ano, recua 13,37% em relação ao real, que tem o melhor desempenho entre divisas latino-americanas.

Ibovespa apresenta leve queda no dia seguinte a picos históricos e retrocede 0,26% na semana.

A prudência no fechamento da semana na B3 foi notável nesta sexta-feira, após o índice ter atingido a máxima histórica intradia, em torno de 144 mil pontos, e o recorde de fechamento, em 143 mil, com investidores acompanhando de perto os possíveis impactos relacionados à Casa Branca e à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por trama golpista após a eleição de 2022. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, indicou, na noite de quinta-feira (11), que o governo norte-americano responderia a “essa caça às bruxas”, sem detalhar as ações.

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Em um dia de mercado econômico tranquilo no Brasil e no mundo, o Ibovespa oscilou nesta sexta-feira entre o mínimo (142.240,70) e a máxima (143.202,09), saindo de abertura aos 143.150,84 pontos. No final da sessão, registrou uma queda de 0,61%, fechando aos 142.271,58 pontos, com volume de negociação reduzido a R$ 16,4 bilhões. Na semana, a variação foi de -0,26%, após cinco semanas de ganhos consecutivos, incluindo um avanço de 0,86% na primeira semana de setembro. No ano, o índice acumula alta de 18,28%, após um aumento de 19% na quinta-feira.

Informações do Estadão Conteúdo

Nícolas Robert publicou.

Fonte por: Jovem Pan

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